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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Prédios da Avenida Paulista se 'blindam' contra morador de rua

A migração de moradores de rua do Centro para a região da Avenida Paulista, em São Paulo, tem feito com que empresas e prédios residenciais adotem medidas para evitar que suas marquises e fachadas sejam ocupadas. Ao percorrer o maior centro financeiro de São Paulo, é possível perceber que condomínios têm se "blindado" com paredes de vidros em seus jardins. Além disso, seguranças de bancos e galerias costumam proteger os clientes de abordagens.


"Temos visto cada vez mais a mendicância tomando conta da cidade. De uns dois anos para cá, a coisa está piorando e agora chegou ao limite na região", diz a presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César, Célia Marcondes. A Secretaria Municipal de Assistência Social (Smads) reconhece o problema. Em nota, confirma que a região é um atrativo para os moradores de rua, por concentrar renda e serviços, e que, por lei, eles não podem ser levados para albergues contra a vontade.

No Edifício Nações Unidas, uma parede encobre o imenso painel de azulejo da fachada. O síndico, Luiz Alberto da Silva, nega que a obra, concluída em novembro de 2009, seja antimendigo. "Além da boa visão, impede que alguém pule para 'se amoitar'. Acaba ajudando, mas não é para morador de rua." O vigilante de um prédio comercial na altura do número 1.079, também cercado por vidro, diz que a preocupação é com a segurança.
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