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Domingo, 21 de julho de 2024

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Projeto em Mato Grosso ajuda cegos a enfrentar dificuldades

Em Mato Grosso, há um trabalho onde crianças e adultos aprendem a enfrentar obstáculos. Mais um projeto vitorioso da parceria entre a Rede Globo e a Unesco.


Crianças e adultos aprendendo a enfrentar obstáculos.

“A nossa deficiência é apenas visual. Temos musicalidade, o toque do Bengalas é sensacional “, recita um dos componentes do grupo musical de cegos, os Bengalas.

Esse é um som de liberdade. Da liberdade simples de estar no mundo, de se movimentar como qualquer outra pessoa. Para uns música, para outros jogar futebol. Para muitos aprender a ler e a escrever.

São 180 crianças, adolescentes e jovens neste projeto apoiado pelo Criança Esperança.

“Antes de vir para cá, eu era um menino cego no meio da selva Amazônica, sem nenhuma expectativa de vida. Vestia o que os outros davam, calçava o que os outros davam, comia o que ganhava”, relata o assistente social, Luiz Carlos Graça.

Hoje o Luiz Carlos é assistente social. Ângelo de Lima é advogado e presidente do instituto. Os pais eram lavradores.

“Não sabia ler não sabia escrever, ajudava meus pais com os afazeres de casa”, conta o advogado.

O instituto quer que pessoas que não enxergam possam fazer as mesmas coisas que fazem as pessoas que enxergam, ou seja, ter uma vida independente. Essa luta do Instituto dos Cegos de Mato Grosso já existe há 31 anos.

O bom exemplo está em uma sala de aula, com a professora Natalice Maia Canhede: "Sou cega desde pequena. Hoje sou pedagoga com especialização na área de todas as deficiências e estou ensinando o que aprendi".

Escrever e ler em braile, trabalhar com computador, andar sem ajuda, jogar bola.

“Eu estava com medo de tentar jogar não vendo nada. Eu fui adquirindo experiência e hoje estou jogando”, destaca um aluno do instituto.

Vera aprendeu a ler, cozinhar... Aprendeu também a acender o fogão, varrer a casa, agora quer mais: “Eu posso chegar até a universidade, se eu me esforçar. Ser uma professora, uma advogada”.

“A grande vantagem de vir para o instituto é que passamos de pedintes a ser arrimo de família", exemplifica o assistente social Luiz Carlos Graça .

“Dificuldades todo mundo tem, tanto as pessoas que enxergam como nós. Então temos que superar as dificuldades e viver felizes”, conclui a professora Natalice Maia Canhede.
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