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Domingo, 21 de julho de 2024

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Vice de Dilma, Temer receberá apoio de vice-prefeitos no RS

O candidato à vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara dos Deputados e do PMDB, Michel Temer, virá ao Rio Grande do Sul no dia 25 de agosto para receber pessoalmente o apoio de aproximadamente duas centenas de prefeitos e vice-prefeitos do PMDB gaúcho à chapa Dilma/Temer. A data da visita foi fechada na tarde desta quarta-feira (18). Prefeitos que organizam o apoio e preparam um manifesto intitulado "Movimento dos gestores do PMDB pró-Dilma e Michel" reuniram-se na sede do Hotel Everest, no centro de Porto Alegre, e falaram com Temer pelo telefone para definir a agenda. A lista de participações contava 54 presenças.


"Como era uma reunião preparatória, acreditamos que no máximo uns 30 iam participar, mas o movimento cresceu", avaliou o prefeito da cidade de Quaraí (localizada a 600 Km da Capital, na fronteira-oeste do Estado) e um dos organizadores do movimento, João Carlos Gediel. O PMDB gaúcho está no comando de 140 prefeituras e tem o vice em 107. Durante o encontro no Everest, os prefeitos receberam a garantia de que a Associação dos Vereadores do partido, a exemplo do que fez a Associação de Prefeitos, vai liberar seus integrantes para assumirem posição em relação à disputa presidencial. O PMDB tem 1.156 vereadores no Estado.

Os prefeitos acreditam que seu apoio pode ser o que faltava para que Dilma vença a eleição no Rio Grande do Sul (as últimas pesquisas de intenções de voto entre os gaúchos mostram cenários divergentes, mas com a ex-ministra em curva ascendente). Questionado sobre o fato de a região Sul do País e São Paulo serem considerados atualmente como os últimos redutos serristas na eleição, o prefeito Gediel foi enfático: "Pois acho que o Rio Grande do Sul fechou sua posição hoje e ela não favorece o Serra".

Durante o encontro com Temer na próxima semana, além de declararem seu apoio, as lideranças municipais do PMDB no Estado vão tentar propor uma neutralidade de Dilma em relação à eleição estadual caso a petista vença a eleição no primeiro turno. É que, no Rio Grande do Sul, o principal adversário do candidato do PMDB ao governo, José Fogaça, é o petista Tarso Genro. E as pesquisas de intenções de votos indicam os dois no segundo turno.

Temer será o primeiro candidato a vice a manter agenda de campanha no Rio Grande do Sul. Além disso, a visita é "emblemática" por várias outras razões. O presidente do PMDB gaúcho, senador Pedro Simon, nunca poupou críticas a direção nacional do partido comandada pelo deputado. Questionado nesta quarta-feira sobre se pode recepcionar Temer, Simon disse que a semana que vem ainda está longe. Fogaça informou que, caso o candidato a vice-presidente venha a Porto Alegre, é natural que ambos se encontrem. Quem também deve participar da agenda é o secretário-geral do PMDB no Estado e deputado federal Eliseu Padilha. O deputado nunca escondeu que é serrista, mas, entre os peemedebistas gaúchos, ninguém é mais próximo de Temer do que ele.

Dos 14 deputados federais e estaduais do PMDB somente Padilha tem se mantido "à distância" das discussões sobre a eleição presidencial. E seu colega Mendes Ribeiro Filho é Dilma. Os demais são todos Serra. "Os prefeitos estão sob pressão absoluta do governo federal, sob risco de não receberem recursos. Quando vão a Brasília recebem este recado. Não há a menor possibilidade de que 200 prefeitos e vices apoiem a Dilma", disparou nesta quarta-feira (18) o deputado federal Osmar Terra (PMDB), que é presença constante ao lado de Serra durante as visitas do tucano ao Rio Grande do Sul. A cúpula peemedebista, que no final de junho tirou posição oficial de neutralidade, aguarda agora, porém, pelo "efeito dominó". Ele parece ter começado ainda nesta quarta. Durante a reunião em Porto Alegre, Gediel recebeu uma ligação de seu colega da cidade de Rio Grande, Fábio Branco. Nos cálculos feitos internamente até então, Branco era dado como serrista.

Em Rio Grande o PMDB está aliado ao PSDB na prefeitura e as disputas com o PT local são uma constante. Mas também é em Rio Grande que está instalado o polo naval, que recebeu maciços investimentos durante o governo do presidente Lula, e cujos reflexos na economia de toda a metade Sul do Estado, Dilma não cansa de dizer, "mal começaram". Branco informou que, na semana que vem, "estará junto" para recepcionar Temer.
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