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Domingo, 21 de julho de 2024

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Em defesa prévia, advogado do goleiro Bruno

Na defesa prévia do goleiro Bruno que foi apresentada na última quinta-feira (19) à Justiça de Minas Gerais, o advogado Ércio Quaresma debocha dos policiais mineiros envolvidos nas investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Para cada um deles, o defensor de Bruno dá um apelido. A jovem desaparecida foi arrolada como testemunha no documento.


O delegado Edson Moreira, por exemplo, é chamado por Quaresma de "Neandertal". A delegada Alessandra Escobar Vieira Wilke é citada como "Paquita". Sua colega Ana Maria dos Santos Paes da Costa é chamada de "Mega-hair". Júlio Wilke, outro delegado, é chamado de "Galinho de briga". O advogado ainda chama o delegado Walter Pinto de Souza de "Mudinho".

O R7 está tentando falar com os delegados que receberam apelidos do advogado, mas nenhum deles foi localizado até a publicação desta reportagem.

Quaresma se refere aos policiais como o "quinteto das trevas" que, segundo ele, comanda um "verdadeiro procedimento inquisitorial midiático". Ele classifica como "desastrosa" a ação dos policiais e cita que testemunhas foram ouvidas por mais de dez horas ininterruptas e que os indiciados foram agredidos física e moralmente. Ele afirma no documento que os envolvidos na investigação praticaram "ações bizarras e repugnantes".

O defensor de Bruno diz que foram lançadas "alucinógenas" informações no relatório da investigação e cita um suposto "banquete canino" em referência a depoimento de testemunha à polícia que disse que o corpo de Eliza foi atirado a cães.

Alvará de soltura

Na parte inicial da defesa prévia, o advogado pede um alvará de soltura para Bruno. A alegação é de que a competência para julgar o caso deve ser transferida para Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde teria acontecido o crime. Outra alegação é de que a defesa não teve acesso às investigações e perícias.

- A cegueira imposta ao acusado e seus patronos é inaceitável, pois eventual solicitação de esclarecimentos sobre as perícias ou inserção de testemunha em seu rol mostra-se deficiente de plenitude.

Ércio Quaresma pede a inclusão no processo de todos os laudos, vídeos e fitas de áudio feitos pela Polícia Civil, além do irrestrito acesso aos documentos. Ele pede que o goleiro Bruno seja absolvido, caso a defesa não possa ter todas as informações das investigações, com base no artigo 395 do Código de Processo Penal.

Testemunhas e diligências

Caso não haja "absolvição sumária" do goleiro Bruno, como pede Quaresma, o advogado inclui uma lista de pessoas que devem ser ouvidas como testemunhas do caso e ações (diligências), como a apreensão do computador com a gravação da conversa do goleiro Bruno dentro de avião.

A defesa prévia é a análise que os advogados fazem da denúncia. Bruno foi acusado pela Promotoria de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Na defesa prévia, são apresentadas argumentações que podem ou não serem levadas em conta pelos juízes.
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