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Domingo, 21 de julho de 2024

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Pedro Simon nega que PMDB gaúcho "era todo Serra"

Na manhã desta quinta-feira (25), após coordenar reuniões com representantes do diretório peemedebista no Rio Grande do Sul, o presidente do partido no Estado, senador Pedro Simon, disse que o PMDB local "não é todo Serra", ao contrário do que afirmavam vários parlamentares. "O certo é que aquilo que os deputados falavam, que no Rio Grande do Sul o PMDB era todo Serra, não era verdade", admitiu o senador. O partido, que havia tirado a posição oficial de neutralidade quanto à disputa presidencial no final de junho, anunciou que existe agora uma "liberação" dos filiados.


O PMDB gaúcho tentou de todas as formas ficar independente em relação à disputa presidencial, mas não consegue mais segurar o processo interno para que tome uma posição. As reuniões de Simon pela manhã objetivavam manter o controle sobre a agenda que, na próxima quarta-feira (2), o presidente nacional do PMDB e candidato a vice de Dilma Rousseff (PT), deputado Michel Temer, vai ter no Estado.

Ao final dos encontros, porém, Simon teve a confirmação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma também estarão no Rio Grande do Sul no dia 2. Foi o que bastava para que começassem a ocorrer novas articulações, que seguem acontecendo. Parte do partido defende que a viagem de Temer seja novamente adiada, de forma que ele não fique "ofuscado" pela presença de Lula e Dilma e também para impedir que o PT gaúcho capitalize a presença do próprio vice. Na tarde desta quinta integrantes do PMDB gaúcho conversam com o deputado para avaliar qual a melhor opção.

Outra parte do partido acredita que Temer tinha conhecimento de que Dilma e Lula estariam no Estado no dia 2 e, por isso, aceitou tão prontamente a primeira alteração da viagem (inicialmente ele deveria se encontrar com prefeitos do PMDB gaúcho no dia 25, data que foi adiada após intervenção de Simon no processo). As divergências entre Temer e Simon são públicas.

A viagem de Lula e Dilma no dia 2 só fez aumentar as divergências dentro do PMDB. Parte dos prefeitos que organizam o "Movimento dos Gestores do PMDB Pró-Dilma e Michel" reclama de ter sido informada da reunião do diretório pelos jornais. E critica a posição da direção estadual. "Na verdade o PT vai tentar capitalizar tudo para o Tarso. O PT teve uma sensibilidade para ler um cenário que o PMDB não teve", resume o prefeito da cidade de Quaraí (na Fronteira-Oeste do Estado), João Carlos Gediel. Ele é um dos organizadores do movimento dos prefeitos a favor da chapa Dilma/Temer.

Enquanto tenta evitar o prejuízo que a coincidência das agendas de Lula, Dilma e Temer pode causar para a candidatura peemedebista ao governo - no Rio Grande do Sul o PMDB concorre com José Fogaça, que tem como principal adversário o petista Tarso Genro, favorito nas pesquisas de intenções de votos - a direção se debate com outra questão. É que aumenta no partido a ala dos que defendem que Fogaça deve esquecer a neutralidade e abrir o quanto antes o voto em Dilma. Mas ele, Simon e o candidato ao Senado, Germano Rigotto, ainda seguem neutros. Dos 14 deputados, 12 estão com Serra. E duas centenas de prefeitos e vices com Dilma.
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