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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Israel rompe trégua unilateral e mata um palestino em novo ataque a Gaza

A trégua unilateral proclamada por Israel durou poucas horas. Na madrugada deste domingo, o Exército israelense entrou em confronto com militantes do movimento islâmico radical Hamas na faixa de Gaza em ataque que deixou ao menos um palestino morto, seguindo o jornal israelense "Hareetz".


O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, admitiu neste domingo que o cessar-fogo na faixa de Gaza é frágil e que o Exército está preparado para reagir a qualquer ataque. 

Segundo o "Haaretz", militantes palestinos lançaram foguetes da cidade de Khan Yunis, em Gaza, contra as tropas israelenses. O Exército respondeu ao ataque e iniciou confronto direto com os milicianos, segundo porta-voz militar, com apoio da artilharia e de helicópteros. Médicos palestinos identificaram a vítima como um civil.

Na noite deste sábado (17), Olmert anunciou que o país iniciaria trégua unilateral na região a partir das 2h deste domingo (22h deste sábado, no horário de Brasília), após 22 dias de uma grande operação militar para enfraquecer o Hamas e interromper o lançamento de foguetes palestinos contra seu território.

A trégua foi comemorada pela comunidade internacional que viu com alívio o fim do confronto que deixou ao menos 1.160 palestinos mortos e cerca de 5.000 feridos desde seu início, no último dia 27.

Um porta-voz dos militares afirmou que nenhum soldado israelense ficou ferido nos novos confrontos e que as tropas abriram fogo contra os militantes segundo as ordens da trégua.

Segundo as agências internacionais, as trocas de tiros ocorreram nos arredores do campo de refugiados de Yabalia. Vizinhos de comunidades rurais israelenses ao redor da faixa de Gaza confirmaram à emissora pública A Voz de Israel que por volta das 7h (5h deste domingo, no horário de Brasília) escutaram o barulho dos primeiros disparos, bem como dos helicópteros pousando em terra.

Quando anunciou a trégua unilateral, Olmert afirmou que se o Hamas continuasse a lançar foguetes, Israel seria obrigado a dar mais um resposta justificada. "Eu não sugiro que outras organizações nos testem", declarou.

Frágil
Olmert reiterou neste domingo que o Exército retomará a ofensiva contra o território se os milicianos do Hamas não suspenderem seus ataques.

Na abertura da reunião semanal com seus ministros, Olmert disse esperar que o cessar-fogo unilateral adotado por Israel também seja respeitado pelo movimento islâmico, embora tenha lembrado que Israel está preparado para todas as opções.

"Caso o fogo continue, o Exército está preparado. Saberemos atuar sem demora como requerem [as circunstâncias]", advertiu.

Olmert reconheceu que "o cessar-fogo é frágil". "É preciso avaliá-lo minuto a minuto, hora após hora".

"As forças do Exército estão atentas, ouvem qualquer barulho e estão prontas para qualquer ordem", disse, lembrando que a decisão do governo israelense de declarar um cessar-fogo unilateral "dá a Israel liberdade de ação para responder e retomar as operações militares caso as organizações terroristas continuem atacando".

Hamas
Logo após o anúncio da trégua unilateral por Israel, Ali Barakeh, um dirigente do Hamas, declarou na Síria que o grupo vai continuar resistindo a Israel "com todos os meios" se o governo israelense não retirar as tropas de Gaza e abrir as fronteiras do território. "A declaração israelense não é suficiente", disse ele.

Neste domingo, o grupo declarou a vitória sobre o Exército israelense na ofensiva com a entrada em vigor da trégua. "O Hamas felicita a todo o povo palestino pela grande vitória que conseguiu no campo de batalha", afirma o movimento em milhares de panfletos distribuídas esta manhã na faixa e lidos pelos alto-falantes das mesquitas.

Em sua mensagem, o Hamas louva a capacidade de resistência do povo palestino aos ataques israelenses e felicita seu braço armado, as Brigadas de Ezeedin al-Qassam, por "infligir severas perdas ao inimigo".

Ao todo, 13 israelenses morreram nos 23 dias da ofensiva, sendo dez soldados em ação e três civis atingidos por foguetes lançados pelo grupo radical Hamas, que domina o território.
"As Brigadas forçaram o inimigo a retirar-se [da ofensiva], deter seus crimes e declarar uma trégua unilateral", acrescenta o panfleto.
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