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Sábado, 20 de julho de 2024

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Primeiras impressões: Dodge Journey R/T

Quando lançou o mexicano Journey no Brasil, em 2008, a expectativa da Dodge era que o modelo fosse o cartão de visita da marca no país. Mas a estreia ocorreu dias após as primeiras unidades do GM Captiva, também vindo do México, desembarcarem por aqui e inibirem as vendas do SUV. Nos 12 meses de 2009 foram comercializadas 1.265 unidades, montante registrado pelo utilitário da Chevrolet em apenas um mês.


Neste ano a Dodge ‘acordou’ e desde maio oferece nas concessionárias outras duas versões de seu utilitário esportivo, uma de entrada por R$ 85.900 e outra topo de linha que tem preço sugerido de R$ 107.900. A estratégia mostrou efeito positivo de imediato. De janeiro a abril, quando estava disponível nas lojas apenas a opção SXT, foram vendidas 570 unidades. Depois da estreia das novas configurações, nos quatro meses seguintes, 831 unidades saíram das concessionárias, alta de 45%.

Agora mais confiante, a fabricante quer tirar uma 'casquinha' do Captiva e encerrar 2010 com 2.600 unidades vendidas, o dobro do ano passado. O Journey mira também os clientes da Hyundai, Honda e Toyota, que têm mais tempo de estrada no segmento.

Dodge Journey R/T (Foto: Divulgação)O G1 andou na versão R/T, topo de linha, que leva até sete pessoas e sai de fábrica com sistema de áudio MyGIG de 30 Gb de memória, computador de bordo, revestimento em couro dos assentos, bancos dianteiros com aquecimento, teto solar, câmera de ré, computador de bordo e assentos dianteiros com aquecimento.

Agressivo por fora, uma 'mãe' por dentro
Na carroceria, as linhas musculosas, a enorme grade dianteira cromada e as rodas de alumínio de 19 polegadas (ante as 17” das outras versões) fazem o utilitário parecer um carro ‘agressivo’. Mas na forma de tratar os passageiros ele se revela uma 'mãe'. É o único entre os rivais a levar até sete pessoas, sendo duas crianças, e todas contam com regulagem de encosto, saídas de ar-condicionado e porta-copos. Se a família não for tão grande, em poucos segundos é possível transformar a cabine para levar mais bagagem. Com as três fileiras de bancos, a capacidade do porta-malas é de apenas 167 litros, menos que o supercompacto Smart, por exemplo, que leva até 220 litros.

Um recurso que deve agradar os pais após a lei que obriga o uso das cadeirinhas nos veículos é a segunda fileira com bancos de elevação. A vocação mais familiar está presente ainda nos diversos compartimentos espalhados pelo carro, sendo que um deles, na parte superior do porta-luvas, é climatizado – podendo ser resfriado ou aquecido por meio do ar-condicionado. Servem de geladeira também outras duas ‘caixas’ no assoalho com capacidade para até 12 latas de 350 ml, cada uma.

Passa longe da esportividade

Em ação o Journey passa longe de quem gosta de esportividade, apesar da suspensão independente nas quatro rodas com regulagem firme, que evita inclinações excessivas da carroceria nas curvas, sem comprometer o conforto em pisos acidentados. O isolamento acústico é cuidadoso e filtra grande parte dos barulhos em velocidade de cruzeiro. Mas, quando o motorista pisa com mais vontade no acelerador, o motor quebra a barreira do silêncio. Os 185 cavalos de potência e, principalmente, os 25,7 kgfm de torque parecem insuficientes para empurrar o carro de quase duas toneladas em arrancadas e durante ultrapassagens.

Outros pecados do Journey são o quadro de instrumentos, muito retangular, que dá a impressão de defasado e não ‘conversa’ bem com o restante do conjunto, e a ausência de um sensor de estacionamento na versão topo de linha. Apesar das imagens traseiras serem transmitidas em uma tela, posicionada no centro do painel, faz falta o alerta sonoro para dar melhor dimensão do espaço, já que não é em qualquer vaga que cabem os quase cinco metros do SUV.
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