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Domingo, 21 de julho de 2024

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Erenice Guerra será investigada por Comissão de Ética

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir nesta segunda-feira um procedimento preliminar para investigar a conduta da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, após denúncias veiculdas no fim de semana.


A decisão, tomada em reunião que teve início neste manhã, se segue a pedido da própria ministra para ser investigada pela comissão após a divulgação pela revista Veja de acusações contra ela e contra seu filho Israel.

"A pedido da ministra, se converteu em um processo de apuração de infração ética", disse a jornalistas Sepúlveda Pertence, presidente da comissão.

Também nesta segunda-feira, o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pediu exoneração do cargo, informa nota da pasta.

Castro foi citado na reportagem como participante de um suposto esquema para beneficiar empresas com contratos no governo. O servidor declarou que "repudia todas as acusações".

Nesta segunda-feira o Democratas enviou representação à Procuradoria Geral da República, pedindo que o órgão investigue as denúncias de corrupção na Casa Civil.

"Aproveitei a passagem do presidente da República em Criciúma para assinar aqui a representação do Democratas", disse o líder da sigla na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC).

"Peço que todos os ministros que estejam ao alcance desses fatos sejam investigados, inclusive Dilma Rousseff", acrescentou o parlamentar que defendeu o afastamento de Erenice Guerra durante as investigações.

Reportagem da revista Veja afirma que o filho da ministra teria recebido dinheiro de um empresário para intermediar um contrato com os Correios e que Erenice teria se encontrado algumas vezes com esse empresário. Erenice nega as acusações.

"Em ofício encaminhado à comissão, a ministra reafirma a disposição de abrir os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, se necessário, bem como os sigilos de seu filho Israel", informou nota da Casa Civil.

O advogado Fabio Coutinho foi designado relator do caso contra Erenice na Comissão de Ética Pública, que anunciou um prazo de dez dias para a concluir o procedimento preliminar de investigação.

Coutinho explicou que se houver comprovação de falta ética durante o procedimento preliminar, haverá posteriormente a instauração de um processo apuratório ético.

"Pode ser que eu peça a prorrogação ou conclua antes, isso aí vai depender do exame das coisas", comentou.

O relator reconheceu que, idealmente, a investigação deve ser concluída antes das eleições. "Pode, e eu acho que deve até", afirmou.

Antes de assumir a Casa Civil em abril deste ano, Erenice foi braço direto da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, quando ela comandava a pasta.

As denúncias contra a ministra Erenice ganharam a campanha eleitoral e foram mencionadas pela propaganda eleitoral na TV do candidato do PSDB, José Serra, e também foram citadas pelo tucano durante o debate entre os presidenciáveis promovido na noite de domingo pela RedeTV! e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Dilma afirmou no debate que não poderia ser julgada pelo que o filho de sua antiga assessora poderia ter feito. E cobrou apuração das denúncias.
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