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Domingo, 21 de julho de 2024

Notícias | Agronegócios

NOVO MODELO

Casa Civil estuda proposta sobre revisão de concessão ferroviária

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) levou aos representantes da Câmara Temática de Infra-Estrutura e Logística do Agronegócio uma proposta que já está na Casa Civil para revisar os contratos de concessão de ferrovias que estão nas mãos da iniciativa privada. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (15), em Brasília, no Ministério da Agricultura.


A exemplo do que ocorreu com a América Latina Logística (ALL), que abriu mão de dois trechos da ferrovia centro-oeste, a ANTT quer discutir os contratos de concessão que atualmente dificultam a modernização do setor de cargas que não se encaixam no novo modelo de concessão que o governo quer implantar.

“O governo federal adotou uma postura de retomar o transporte ferroviário a partir de um novo modelo de concessão que deverá estimular a competitividade entre empresas e reduzir custos para consumidores”, destacou o presidente da Câmara Temática, Paulo Protásio.

A produção mato-grossense de grãos é um dos principais argumentos do setor de cargas para a mudança no panorama atual do transporte do centro-oeste para os portos do sul do país. Uma das conseqüências deste novo modelo será a utilização cada vez maior dos portos do norte do pais através da interligação com modais hidroviários.

De acordo com Luiz Henrique Teixeira Baldez, presidente da Associação Nacional dos Transportes de Cargas, o custo do transporte ferroviário pode baixar até 40% a partir deste novo modelo que estabeleça novos contratos de concessão.

“O objetivo é que haja competitividade entre os vários operadores de cargas. Os usuários terão mais alternativas para transportes de cargas. Hoje tem 15 mil quilômetros de novas vias férreas a serem constituídas no Brasil. Novas ferrovias serão concessionadas dentro de um novo modelo”, acrescentou.

Baldez acredita que as empresas resistirão em abrir mão do cumprimento de seus contratos. “Deverá haver uma grande negociação entre o governo e as empresas”, reconheceu.

No caso mais emblemático, a ALL anunciou no início deste mês ter aberto mão do trecho da ferrovia centro-oeste entre Rondonópolis e Cuiabá e dois ramais entre Cuiabá e Santarém (PA) e Cuiabá e Porto Velho (RO).
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