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Domingo, 21 de julho de 2024

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Déficit em conta corrente deve ajustar câmbio, diz Meirelles

O crescente déficit das transações correntes do Brasil tende a ajustar a taxa de câmbio do país, corrigindo a valorização do real frente ao dólar, disse nesta segunda-feira (20) o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.


"O déficit em conta corrente a longo prazo é um fator importante na determinação do valor das moedas. Com o tempo, o mercado vai reagir a isso", disse Meirelles em palestra a empresários na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), transmitida pela Internet.

Segundo o presidente do BC, de forma global o enfraquecimento do dólar está valorizando diversas outras divisas, como o euro e as de países produtores de commodities, como Canadá e Austrália.

No caso brasileiro há ainda o fato de as expectativas de forte crescimento da economia doméstica nos próximos anos, o que atrai grandes montantes de investimentos estrangeiros.

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BC está atento a ‘sinais de desequilíbrio’, diz Meirelles Governo revisa para 7,2% previsão de crescimento de 2010 Meirelles ressaltou que a combinação de câmbio flutuante com alto volume de reservas internacionais deve fazer com que o ajuste no câmbio se dê de forma gradual.

"O ajuste deve ser suave", afirmou.

Segundo o último dado disponível do BC, o Brasil registrou em julho um déficit em transações correntes recorde de US$ 4,499 bilhões, bem acima do déficit de US$ 1,623 bilhão de julho de 2009.

Esse movimento de piora das contas internacionais acontece paralelamente à apreciação do real frente ao dólar, que também vem se enfraquecendo frente às principais moedas globais, à medida que a economia dos Estados Unidos vacila em tentar se recuperar da recessão.

Nos últimos 12 meses, o dólar teve baixa de 5,4% frente ao real.

O presidente do Banco Central manteve sua projeção de que a economia brasileira deve encerar este ano com crescimento de 7,3%.

Segundo ele, o BC está confortável com essa meta, que já foi elevada por muitas instituições. 'Nós esperamos um crescimento moderado do terceiro trimestre e no quarto, fazendo com que a economia cresça em equilíbrio no longo prazo', comentou Meirelles
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