O professor de geografia que teve uma crise nervosa dentro de uma sala de aula em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, deu nesta quinta-feira (30) sua versão sobre o que aconteceu na escola. Ele alegou estar doente e já ter pedido licença médica três vezes.

O caso ocorreu na terça (28), na Escola Estadual Ismael Iglesias. Um aluno gravou o momento de fúria do professor, que fez xingamentos e depredou algumas carteiras ao sair do colégio. Uma professora foi agredida. O funcionário deu entrevista em Ribeirão Preto, a 313 km da capital, onde foi buscar ajuda psicológica em um Centro de Recuperação da Universidade de São Paulo (USP).

Ele admitiu o surto. "Eu não agredi ninguém, eu depredei, sim, algumas carteiras, em uma crise emocional muito grande." O professor disse estar sendo perseguido pela direção da escola por ser sindicalizado e considerou que o que ocorreu na terça foi uma armação. "É um fato premeditado, pois o aluno já me aguardava com o celular."

A associação dos professores confirmou os três pedidos de licença feitos por ele, mas disse que eles foram negados. A Secretaria de Estado da Educação informou que o homem foi afastado das atividades, pois já havia tirado licença médica outras vezes para tratamento. A direção da escola não comentou a versão do professor.