Mato Grosso é o Estado que tem a mais alta taxa de incidência de hanseníase do Brasil. Os dados foram revelados nesta sexta-feira (8), em Brasília pela coordenadora geral do programa de controle da hanseníase, Maria aparecida Grossi.
De acordo com a coordenadora, a taxa do estado é de 89 infectados para grupo de 100 mil habitantes. O Rio Grande do Sul, por exemplo, Estado com a menor incidência do problema, tem uma taxa de um caso para grupo de 100 mil.
Segundo ela, a doença já representou um problema muito mais grave até dez anos atrás, quando teve início um combate mais sistemático por parte do governo e as taxas começaram a cair.
“É importante o diagnóstico precoce. Embora haja uma redução no número de infectados nos últimos dez anos, 7% dos infectados são crianças. As crianças são as principais vítimas”, afirmou.
Ainda de acordo com a coordenadora, a doença acontece onde existem grandes assentamentos rurais. “Há uma maior incidência da doença em assentamentos rurais mas também onde haja grande circulação de pessoas, onde haja problemas de saneamento, como a falta de tratamento de esgoto e água tratada”, salientou.
Grossi comemorou a parceria entre o Ministério da Saúde e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para conscientizar os fiéis no próximo domingo (10). “Precisamos levar esta informação sobre esta parceria entre a igreja e o Ministério da Saúde para que a gente possa levar esta informação aos brasileiros. Ë preciso acabar com o preconceito e a desinformação”, concluiu.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da hanseníase, antes conhecida como "lepra", dura entre seis a doze meses.