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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Bruno e primo são levados para hospital em Contagem, na Grande BH

O goleiro Bruno foi levado, na tarde desta quarta-feira (13), pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Referência Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse um oficial de Justiça que está no fórum da cidade. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro, também passou mal e foi levado por um carro de escolta da polícia para o mesmo hospital.


O Samu não confirmou nenhum diagnóstico sobre o estado de saúde dos dois, mas Bruno apresenta um quadro febril.

Antes do início da audiência desta quarta-feira (13), na qual serão ouvidos os delegados que investigam o desaparecimento de Eliza Samúdio, o advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, pediu à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues que Bruno comparecesse ao salão da audiência para se pronunciar sobre as denúncias de ameaças contra o próprio advogado. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o jogador informou que não iria ao salão porque estava passando mal. No domingo, uma reportagem do Fantástico mostrou a denúnica da família e da noiva dele, a dentista Ingrid Oliveira. Segundo eles, Bruno teria dito que está sendo ameaçado por Quaresma.

Troca de advogados

O advogado Marco Antônio Siqueira, que defende o primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, anunciou nesta quarta-feira (13) que vai renunciar à defesa do cliente no processo que investiga o desaparecimento e a morte de Eliza Samudio. O advogado alega que é ameaçado por Ércio Quaresma, que representa o goleiro Bruno.

Ércio Quaresma foi procurado até às 11h35 desta quarta-feira (13) pela reportagem do G1, mas não foi encontrado para comentar o assunto. Ele está na audiência, no Fórum de Contagem. Ao MGTV 1ª Edição, o advogado disse que está perplexo com a decisão do colega, mas não comentou sobre as denúncias de agressão.

Audiência

Funcionários do fórum de Contagem disseram que 14 testemunhas devem prestar depoimento nesta quarta-feira (13), a respeito do desaparecimento e morte de Eliza Samudio.Um caseiro do sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi o primeiro a responder às questões da juíza. Na sequência, deve ser ouvida a mulher do caseiro, e um policial.

O Tribunal de Justiça disse, anteriormente, que a juíza iria ouvir quatro delegados da investigação sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, mas, no início da tarde, Marixa informou que ouviria somente as três primeiras testemunhas: um casal de caseiros e um policial. Segundo o TJMG, os quatro delegados devem ser ouvidos nesta quinta (14), também no Fórum de Contagem. A audiência dos réus, que seriam na quinta (14), foi adiada e não tem data marcada ainda.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, essas audiências estão sendo realizadas para que a juíza Marixa, de Contagem, tome conhecimento de todos os fatos do processo apresentado pelo Ministério Público e decida se os réus serão pronunciados ou não. De acordo com o TJMG, a magistrada pode decidir julgamentos diferentes para os acusados. Dessa forma, se houver uma decisão por um julgamento no Tribunal do Júri, pode ser que nem todos sejam julgados por este tribunal. E os crimes pelos quais os réus são acusados podem sofrer alterações no julgamento. O Tribunal de Justiça explicou que esta fase do processo não tem prazo definido.

De acordo com um policial militar que trabalha no fórum, todos os réus estão no fórum. Dayanne Souza, mulher de Bruno; Fernanda Gomes de Castro, ex-noiva do goleiro; e o primo dele, Sérgio Rosa Sales, chegaram separados. Uma van branca teria levado os outros seis réus, Bruno; Luiz Henrique Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Elenilson Vítor da Silva por uma entrada à qual a imprensa não tem acesso.

Na entrada do fórum de Contagem, o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, disse "eu não ameaço, eu faço", em referência à denúncia do Fantástico sobre possíveis ameaças que o defensor estaria fazendo ao goleiro Bruno e a amigos e familiares. A dentista Ingrid Oliveira, noiva do goleiro, disse que defensor orientou Bruno a tentar suicídio na cadeia. “Ele falou que teria sido orientado pelo advogado a cortar os pulsos pra ver se ele conseguiria algum tipo de regalia”, contou.

Audiências anteriores

O delegado Júlio Wilke, que participou das investigações, foi ouvido por mais de 13 horas na sexta-feira (8). Na mesma sessão, o adolescente envolvido no desaparecimento de Eliza Samudio também respondeu às perguntas da juíza Marixa. Em seu depoimento, o menor afirmou que o homem indicado como Bola pelo inquérito, e que está preso, não é o Bola que ele conhece. O adolescente ainda pediu desculpas por apontar o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos como o responsável pela morte de Eliza. O delegado Wilke disse, em seguida, que o menor indicou com detalhes a casa do ex-policial, em Vespasiano, e que o adolescente sabia até como eram os cômodos da casa.

Em Vespasiano, na quinta (7), nove testemunhas de defesa, que conhecem o ex-policial prestaram depoimento à juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas. Todas foram unânimes ao dizerem que nunca viram o ex-policial Santos ser chamado de Bola.

Em Ribeirão das Neves, na quarta (6), cinco testemunhas foram ouvidas. Na sessão, Bruno passou mal e precisou ser levado à Policlínica da cidade, e depois, para o Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, após desmaiar duas vezes.

O goleiro Bruno é réu no processo que investiga a morte de Eliza Samudio. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza. Fernanda Gomes de Castro, namorada de Bruno, foi presa em Minas Gerais.

O goleiro; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Fernanda Gomes de Castro vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é o único que responderá por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os acusados negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos.

A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento. Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
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