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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Pai de Mércia critica decisão da Justiça em manter Mizael livre

O pai de Mércia Nakashima, Macoto Nakashima, considerou uma “ducha de água fria” a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em manter livres o policial militar reformado Mizael Bispo de Souza e o vigia Evandro Bezerra Silva. Eles são acusados de matarem a advogada. A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (20) após desembargadores do TJ-SP julgarem o mérito do habeas corpus que mantinha os réus soltos.


“Foi uma ducha de água fria e espero que isso não seja um incentivo para que as pessoas continuem fazendo violência contra a mulher. A esperança é a última que morre e espero que Mizael seja pronunciado ao fim da audiência. Espera forças pra aguentar até o fim da audiência”, disse Macoto ao chegar ao Fórum de Guarulhos para o último dia da audiência de instrução do caso Mércia, no início desta tarde.

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Justiça decide manter soltos Mizael e Evandro, acusados de matar Mércia Audiência do caso Mércia deve terminar hoje Ex-mulher de Mizael depõe sem compromisso de falar a verdade Durante a tarde desta quarta, o ex-namorado da advogada, Mizael, e o vigilante Evandro deverão ser interrogados pelo juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano. A audiência começou na segunda (18), seguiu na terça (19) e deve terminar nesta quarta.

O primeiro a ser interrogado nesta quarta-feira será Wilson Aparecido da Silva Ferreira, que estaria com Mizael no dia que Mércia desapareceu. Em seguida, Leonardo de França, funcionário de uma empresa de rastreadores. Elechegou a registrar boletim de ocorrência contra Mizael e o advogado Ivon Ribeiro. Os dois teriam se exaltado após França ter se negado a trocar o rastreador do carro do réu. O terceiro a ser interrogado será o perito Renato Pattoli, responsável por fazer o laudo da reconstituição do crime.

A expectativa no Fórum de Guarulhos é que a Justiça decida se os réus irão ser levados para julgamento popular ou não. Apesar disso, existe a possibilidade de o juiz Bittencourt Cano não dar a sentença nesta quarta sobre essa etapa do processo, chamada de pronúncia ou impronúncia, respectivamente. O motivo é o fato de os desembargadores não terem julgado ainda o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa dos réus que pede a transferência do juízo de Guarulhos para Nazaré Paulista, no interior do estado de SP. A alegação dos defensores é que o caso tem de ser julgado onde o crime ocorreu. Mércia morreu afogada numa represa em Nazaré.

Segundo o TJ, a decisão a respeito da incompetência de juízo deve ser analisada na próxima quarta-feira (27). Se os desembargadores optarem por levar o caso a Nazaré e o juiz de Guarulhos tiver se manifestado sobre a pronúncia ou impronúncia, toda a audiência pode ser adiada. Para não correr esse risco, uma alternativa seria Bittencourt Cano encerrar a fase da instrução processual sem finalizar o “sumário da culpa”, na qual profere tal decisão.

Nessa hipótese, o juiz ouviria os réus, mas não abriria a sessão para os debates e sustentações orais da acusação, representada pelo Ministério Público e assistente, e da defesa dos réus, formada pelos advogados de Mizael e Evandro. Em outras palavras, Bittencourt Cano pode fazer isso e pedir dez dias para dar a sentença sob a alegação que há um recurso ainda para ser julgado. Se fizer isso, os depoimentos das testemunhas e réus não seria anulado porque faz parte da fase de provas.

O promotor Rodrigo Merli Antunes afirmou que independentemente da decisão do juiz nesta quarta, irá pedir a ele, nesta tarde ou nos próximos dias, a prisão preventiva de pelo menos um dos réus. A argumentação será a de que Mizael tentou fraudar provas. Quanto a Evandro, o Ministério Público ainda não se posicionou
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