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Domingo, 21 de julho de 2024

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R8 Spyder: estrela sem teto

R8 Spyder: estrela sem teto
No próximo dia 27, o Salão do Automóvel abre oficialmente as suas portas ao público, e um dos modelos que chamará a atenção dos visitantes certamente será o conversível azul no estande da Audi. Trata-se do R8 Spyder, versão descapotável do R8 Coupé. Apresentado pela primeira vez no Salão de Genebra deste ano, o belo modelo germânico desembarca agora no Brasil e estará à venda logo após o evento. Para conhecer o carro a fundo, participamos de um rápido test-drive até Itu (no interior paulista), no qual rodamos cerca de 200 km entre cidade e estrada. Por sorte, o clima estava excelente, e assim, pudemos desfrutar da máquina rodando com a capota recolhida. Afinal, não é todo dia que se tem a possibilidade de conduzir um carro desses.


O processo de “transformação” do Audi R8 em um conversível é fácil. Não é preciso soltar qualquer trava, basta acionar um botão no console central. Em seguida, todos os vidros baixam por completo e o teto é recolhido automaticamente. Ao final da operação (que dura 19s), um alerta sonoro avisa que o carro pode partir. Para os mais apressados, que não têm paciência de parar o veículo para executar a operação, ou diante de uma chuva repentina, o procedimento pode ser feito com o R8 em movimento, desde que não se ultrapasse os 50 km/h. Tentei enganar o sistema a 52 km/h enquanto saía da cidade e me dei mal, pois fiquei com o teto semi-aberto em plena avenida. Daí, a solução foi parar e repetir a operação. Outro detalhe: ao contrário de modelos nos quais deve-se verificar se a cobertura que limita a altura da bagagem está bem posicionada no porta-malas, para evitar danos à capota, o R8 Spyder - que acomoda apenas 100 litros no compartimento - dispensa essa atenção.

Divertido de conduzir, o R8 Spyder pode se tornar um brinquedo tentador, daqueles que a gente experimenta e não quer largar mais. Disponível em versão única, a 5.2 V10, com 525 cv e 54,1 mkgf de torque, esse Audi custará a"bagatela" de R$ 785.000.

Priorizando o torque em baixa rotação (a maior parte da força está disponível logo a 1.500 rpm), o motor produzido quase artesanalmente em Györ, na Hungria, possui lubrificação por cárter seco, como nos carros de competição, o que permite ocupar menos espaço na parte central do carro, além de um centro de gravidade baixo. Acoplado a ele, está o câmbio R-tronic sequencial (opcional), com troca de marchas por meio de borboletas junto ao volante. Com o ruí­do manso e redondo do motor funcio­nando atrás dos bancos, o Spyder comportou-se como um veículo "normal" no trânsito. A troca de marchas é suave e, aumentando um pouco a velocidade, pode-se passar da 1ª até a 6ª marcha facilmente. Depois de desfilar pelas ruas e avenidas de São Paulo, a segunda parte do roteiro previa rodar alguns quilômetros até Itu.


Acelerando a fera na estrada


Já na estrada, bastou pisar forte no acelerador para ocorrer a metamorfose. O R8 transformou-se em fera e, com um ronco estridente, o V10 o catapultou à frente, jogando o meu corpo de encontro ao banco. Assim, senti-me como um piloto, trocando as marchas por meio das borboletas e elevando o giro do motor até 8.700 rpm, momento em que o limitador eletrônico entra em ação. Nem preciso dizer que, em segundos, o ponteiro marcador de velocidade ultrapassou o limite da estrada num piscar de olhos. Rapidamente, tratei de conter o ânimo e reduzir o ritmo.

O melhor é que, do mesmo jeito que a velocidade aumenta subitamente a bordo do R8, ele também aceita reduções bruscas de marchas. Não é para menos: o gerenciamento eletrônico do motor entra com uma aceleração intermediária, enquanto as mãos reduzem as marchas. De acordo com os números da Audi, o R8 Spyder acelera de 0 a 100 km/h em 4s1 e de 0 a 200 km/h em 12s4! Culpa do torque brutal de 54,1 mkgf a 6.500 rpm. A velocidade máxima é de 313 km/h. Por razões óbvias, não atingi tal marca.

No que diz respeito ao poder de parar em curtas distâncias, vindo em uma velocidade elevada, o sistema de freios do R8 também impõe respeito. Ventilados e perfurados nas quatro rodas, os discos dianteiros (365 mm) e traseiros (356 mm), em conjunto com as pinças dianteiras de alumínio com oito pistões cada e as traseiras com quatro pistões, proporcionaram uma frenagem majestosa ao conversí­vel alemão. Com relação à estabilidade, mais uma vez o R8 Spyder deixou claro suas ligações com as bem-sucedidas experiências que a fabricante realiza nas pistas. Independentemente da velocidade, o carro se manteve sempre colado ao chão, graças a um conjunto de sistemas e recursos tecnológicos que o Spyder possui. A começar pela tração quattro — marca registrada da empresa e que neste ano completa 30 anos de existência —, passando pela parte inferior da carroceria plana, que canaliza o ar que passa por baixo do carro de maneira uniforme; os bem dimensionados pneus, com medidas 235/35 ZR 19 na dianteira e 295/30 ZR 19 na traseira e a aerodinâmica do modelo, cujo Cx é de 0,32.

A experiência de dirigir o R8 Spyder não se resume apenas ao seu desempenho esportivo. Outro ponto marcante do modelo é a sua cabine, projetada para fazer o motorista se sentir tão bem acomodado como se estivesse em um carro de corrida, mas equipado com diversos itens de conveniência e conforto. Feito sob medida para quem gosta de dirigir, o banco do tipo concha “abraça” o corpo. O arco que se forma a partir da porta do motorista, passando pela frente do painel e terminando no console central forma um posto de comando similar ao de um monoposto. Isso sem falar nos controles e nas alavancas principais em torno do painel e do volante de desenho bem esportivo e excelente pega, que reforça o seu apelo esportivo. Gostou da máquina? Então, corra para o Anhembi e garanta o seu! Mesmo que seja numa fotografia para guardar de recordação.
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