O Ministério da Saúde aumentou a oferta de leitos dos centros de Tratamento Intensivo (CTIs) da rede hospitalar administrada pelo governo do Rio de Janeiro. Serão oferecidos 29 novos leitos, o anúncio foi feito hoje (25). Com a medida, a oferta regulada de leitos nas seis unidades da rede hospitalar federal do estado sobe de 25 para 54. Os novos leitos se somam aos 667 de CTIs já regulados pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil.
De acordo com o Ministério da Saúde, o processo de integração dos hospitais da rede federal no Rio ao sistema de regulação do estado e do município da capital fluminense, iniciado em junho do ano passado, prevê a oferta de novos leitos nos próximos meses.
Os 54 leitos disponíveis estão distribuídos nos hospitais da Lagoa (10), dos Servidores do Estado (10), Cardoso Fontes (10), Bonsucesso (8), Ipanema (8) e Andaraí (8).
O diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio, Oscar Berro, reconhece que a oferta não resolve o problema de falta de leitos nos hospitais. “Nem se conseguíssemos, de uma hora para outra, implantar 2 mil, 3 mil ou 4 mil leitos de CTI, porque não é criando leitos que a gente resolve o problema crônico de saúde que existe no país. É preciso investir pesado na prevenção”.
Oscar Berro disse que as unidades hospitalares federais do Rio precisam manter leitos de CTIs sob seu controle direto, independente da oferta ao sistema de regulação do governo do estado. “Nossos hospitais são os maiores transplantadores do país e, juntamente com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), também federal, somos responsáveis por 70% das internações na área de oncologia no Rio”.
A falta de leitos em hospitais da rede pública do Rio será motivo amanhã (26) de uma reunião entre promotores do Ministério Público Estadual e o superintendente da Central de Regulação de Vagas do Governo do Estado, Carlos Alberto Chaves.
A Promotoria de Justiça de Saúde de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, investiga aa causas da morte da aposentada Magda Lucia dos Santos, ocorrida no último dia 17, num posto de saúde do vizinho município de São João de Meriti. Vítima de um acidente vascular cerebral, a paciente esperava há cinco dias por uma transferência para um leito de CTIs de outra unidade hospitalar do estado.
