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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Moradores do Centro de SP se tornam ‘reféns’ do comércio do crack

Os moradores do Centro de São Paulo têm se tornado reféns do comércio do crack. São cidadãos que todas as noites não conseguem sair porque traficantes e usuários estão na porta de casa. Desde a semana passada, o SPTV e o G1 denunciam o aparecimento de novas cracolândias por toda a capital paulista.


É tanta gente andando de um lado para o outro na Rua dos Gusmões que a cena chega a lembrar uma feira livre. Só que é um ponto de vendas de crack, que reúne todo o pesadelo que a droga provoca. “Não consigo dormir direito à noite porque eles gritam, gritam mesmo. Eles fazem bagunça”, conta uma moradora da região. Basta cair a noite para o crack correr solto na Santa Ifigênia. Enquanto isso, os moradores correm para dentro de casa.

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Migração dos pontos de consumo de crack enfraquece o tráfico, diz PM PM aborda usuários de crack em rua na Zona Oeste de SP Crack é vendido em barracas em rua da Zona Oeste de SP “A gente não sabe o que pode acontecer se sair na rua. A gente conta com a sorte”, diz um rapaz. “Os moradores daqui têm medo de trabalhar e sair do serviço à noite porque não podem entrar aqui”, completa outra moradora. Da janela do apartamento, moradores conseguem ver a tragédia da droga, sete noites por semana, sem um único dia de paz. “A gente acha chato trazer visita. Quem conhece, não vem”, reclama um morador.

O tráfico de drogas foi se apoderando das ruas no Centro de São Paulo. O comércio foi fechando as portas mais cedo. E os moradores se trancando dentro de casa. E assim surgiu mais uma poderosa cracolândia.

Há no Centro quatro quarteirões tomados por dependentes de crack. Quando a calçada lota, eles invadem o asfalto. “Até o meu netinho fala pra mim: ‘Vó, liga para a policia. Eles não deixam a gente dormir”, diz uma moradora.

A polícia passa, devagar, mas não para. E nada muda. “Eles falam que não têm o que fazer, que não têm onde pôr, que eles ficam na rua mesmo”, diz uma outra moradora.

Os moradores são vítimas também da trágica queda no valor dos imóveis. “Vou vender para quem? Desvalorizou com a cracolândia aqui do jeito que está agora”, afirma a dona de um apartamento.

A Polícia Militar diz que trabalha no combate ao problema em parceria com a Polícia Civil, com a Guarda Civil Metropolitana e com a Subprefeitura da Sé.
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