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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Oposicionista diz que Battisti e salário mínimo serão focos de polêmica para Dilma

Duas das questões mais delicadas do final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva poderão ser transplantadas para o início da gestão de Dilma Rousseff pela oposição no Congresso: o aumento do salário mínimo e a extradição do ex-militante de esquerda italiano Cesare Battisti.


Os dois assuntos foram destacados pelo senador reeleito Demóstenes Torres (DEM), atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e forte candidato à liderança do partido na próxima legislatura.

Questionado sobre quais seriam as bandeiras da oposição neste novo governo, ele primeiro mencionou, genericamente, o combate à violência, maior cuidado com o meio ambiente e mais segurança jurídica.

Mas ressaltou a cobrança por nova direção na política externa brasileira.

- Não é possível mais o governo brasileiro comprar uma briga diplomática com um país influente e importante para manter no país um delinquente, um bandido, um condenado à prisão perpétua na Itália e que simplesmente ficou aqui para agradar uma parte da esquerda brasileira.

Battisti, ex-militante italiano, foi condenado à prisão perpétua em seu país, por crimes quando era dirigente de um grupo político extremista, nas décadas de 60 e 70. Na última sexta-feira (31), Lula anunciou que Battisti fica no Brasil.

Ele disse que, como o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda deve voltar a analisar o caso a partir de fevereiro, a discussão deverá passar também pelo Congresso.

Neste caso, porém, é legalmente impossível que Câmara ou Senado anulem uma decisão da Presidência, que tem competência exclusiva para decidir sobre assuntos internacionais.

O mesmo não ocorre com o salário mínimo, que é definido por medida provisória, tipo de lei que pode ser derrubada no Congresso.

Mesmo com Dilma tendo maioria no Congresso, a vontade do governo de manter a elevação para R$ 540 não é garantida, já que deputados e senadores temem desagradar suas bases eleitorais.

Demóstenes disse que um aumento maior será cobrado em por causa da própria campanha eleitoral.


Uma vez que foi dito na campanha que o governo teria mais atenção do que a oposição, nós queremos então, que o salário vá com tranquilidade para R$ 580.

O senador, disse, porém, que a oposição continuará tendo um papel de”vigilância” com o governo. Mas se comprometeu a “estender a mão” a Dilma, expressão dita pela presidente para com a oposição durante seu discurso na solenidade de posse no Congresso.

- Se ela der certo, ela vai cumprir tudo aquilo que prometeu e o Brasil irá adiante. Mas nos momentos de dificuldade, nós também estaremos ao lado da presidente, se houver turbulências externas, qualquer ameaça, e nas reformas que ela quer fazer.
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