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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Reforma política

Gilmar Mendes afirma que país vive em anestesia política

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que causou polêmica ao ser contrário à implantação imediata da Lei da Ficha Limpa, defende a necessidade da reforma política e avalia que o Brasil vive um “estado de anestesia política”.


Mendes lembra que a mudança do sistema político no país será complicada, pois os próprios parlamentares legislam em causa própria. “A reforma política é necessária, mas não é fácil. Existe um sistema político composto por parlamentares que são beneficiados e muitos ainda não estão dispostos a mudar”, afirmou Mendes durante visita ao Olhar Direto.

Dentre as mudanças necessárias, o ministro elenca o 'esgarçamento' das eleições proporcionais, o déficit de representatividade e ainda a questão de suplente de senador. Ele lembra ainda dos votos de protesto, que na eleição passada acabaram elegendo o palhaço Tiririca com mais de 1 milhão de votos.
 
Ao se estilo, afirma: “O Brasil vive um estado de anestesia política. (...) As mídias têm apontado as distorções, estudiosos tem criticado e precisa ser discutido”.

Sobre a Lei Ficha Limpa, Mendes explica que foi contrário ao projeto devido ao momento em que foi aprovado. O Congresso Nacional foi pressionado devido ao período eleitoral para se aprovar a nova lei e atender os anseios da população.
“Fui contra a aplicação da Lei Ficha Limpa pelo momento em que foi ela aprovada e ainda será preciso aguardar para se fazer um balanço com relação aos efeitos desta nova lei”, justificou.

Sobre o financiamento público de campanha, Mendes lembra que antes de falar na implantação deste novo modelo é preciso existir um modelo de fiscalização que evite o abuso de poder econômico. Ele lembra ainda que na disputa da proporcional a concorrência é entre os coligados, portanto, com certeza esses, candidatos também investiriam dinheiro em suas próprias campanhas.

Com essas alegações, Mendes quer demonstrar a fragilidade do financiamento público, mas enfatiza: “Não é panacéia. É preciso olhar criticamente o modelo. O financiamento público não pode ser isolado, do contrário ele será mais dinheiro público, junto com dinheiro privado e vai continuar a existir a disparidade”.

Primeira atualização às 13h31
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