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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Bombeiro é preso após agredir gay durante encontro no litoral de SP

Um bombeiro de 21 anos teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça após ter espancado um homem de 32 anos em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 16 de janeiro. De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu durante um encontro entre os dois homens, que conversavam pela internet e por telefone há cerca de um mês. O bombeiro alegou que esperava encontrar uma mulher; já a vítima afirmou que, durante as conversas, havia informado ser homossexual.


O caso só foi registrado na última quinta-feira (20), quando a vítima, um funcionário público da cidade, saiu do hospital. O homem levou pontos 12 pontos na parte de trás do rosto, oito pontos na parte frontal e teve hematomas no nariz e nos olhos. Ele diz que, após ter sido espancado, desmaiou, foi amarrado com um lençol e colocado no porta-malas do carro do bombeiro. Em uma avenida da cidade, o homem conseguiu escapar do veículo e foi socorrido por funcionários de uma padaria.

De acordo com o delegado Luis Evandro Medeiros, do 1º Distrito Policial de Praia Grande, o bombeiro foi preso ainda na quinta e teve prisão temporária de cinco dias decretada. No início desta semana, a promotoria instaurou processo-crime por latrocínio e pediu a prisão preventiva, que foi decretada. “A vítima alega que teve moto, carteira, celular, relógio e tênis furtados. Mesmo a morte não tendo ocorrido, o caso é registrado como latrocínio”, explicou o delegado.

O investigado estava detido na cadeia do Guarujá, também no litoral, e deve ser encaminhado para uma prisão especial. Ele é trabalha como bombeiro temporário em Cubatão. Além disso, é professor de caratê e atleta profissional.

Versões
De acordo com o delegado, os dois envolvidos no caso apresentam versões diferentes em alguns aspectos. “A vítima alega que se encontrou com o bombeiro na rua e foi chamada para sua casa. Ela conta que o bombeiro trancou a porta e passou a espancá-la sem motivo”, explicou Medeiros. “Ele alega que todo o tempo se identificou como homossexual”.

Já o bombeiro diz que conversava com uma mulher chamada Beatriz e que foi com ela que o encontro foi marcado. “Ele diz que estava esperando a Beatriz em casa quando chegou um rapaz negro, que disse que era a mulher e se jogou para cima dele. Ele rechaçou a aproximação, pegou um porrete e passou a bater na vítima”, disse o delegado.

O bombeiro não nega o espancamento – diz que amarrou a vítima em um lençol para controlar o sangramento e a colocou no porta-malas do carro para levá-la ao hospital. Entretanto, após a vítima conseguir escapar do carro, o bombeiro não prestou ajuda nem comunicou o ocorrido à polícia ou ao seu comando.

A moto do funcionário público foi encontrada abandonada quatro dias depois em São Vicente, também no litoral paulista. O bombeiro nega ter furtado os objetos.

Para o delegado, que já finalizou o inquérito, não se trata de um caso de homofobia. “Eu acho que não é homofobia. Na versão da vítima, a agressão foi imotivada. E pode até ser verdade o que o bombeiro alega, que ele foi enganado. Ele tem uma personalidade bem agressiva, bateu bem na vítima”, afirmou Medeiros.

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