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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Bebê que sobreviveu à morte da mãe em acidente está em estado grave

Apesar de o estado de saúde ser grave, a diretora-geral do Hospital Federal de Bonsucesso, Sandra Azevedo, acredita que há grandes chances de que tudo fique bem

Apesar de o estado de saúde ser grave, a diretora-geral do Hospital Federal de Bonsucesso, Sandra Azevedo, acredita que há grandes chances de que tudo fique bem com o bebê que sobreviveu à morte da mãe, atropelada na Rua Cardoso de Moraes, em Bonsucesso, no subúrbio do Rio de Janeiro.


O acidente ocorreu por volta das 8h desta sexta-feira (28). A mulher, de 36 anos, estava grávida de 7 meses, e morreu imprensada entre dois ônibus quando atravessava a rua, fora da faixa de pedestres.

“Pela experiência que eu tenho, e pela confiança na minha equipe, há uma grande chance desse bebê sobreviver, e bem”, afirmou a diretora do hospital. O bebê está internado na UTI neonatal, em estado muito grave, mas estável, e pesa apenas 1 kg. “Nós já conseguimos salvar crianças que nasceram com 650 gramas, e ficaram bem. O maior agravante foi o trauma que esse bebê sofreu, devido às circunstâncias do acidente”, complementou.

Com a batida, o bebê foi expulso do ventre da mãe. O médico Fabrício Carlos Miranda Figueiredo estava chegando ao trabalho, quando soube do acidente. “Estava na fila do elevador do consultório, quando um rapaz me perguntou se eu tinha visto o acidente. Eu disse que não sabia, mas, não sei por que, decidi ir ao local”, contou o médico.

Médico conta como fez parto na rua
“Quando me deparei com a situação, imediatamente comecei a fazer os procedimentos. O bebê ainda estava ligado à mãe pelo cordão umbilical”, recorda Figueiredo. “Eu amarrei o cordão umbilical com um barbante, joguei álcool em uma tesoura e cortei. Eu ia pedindo para as pessoas me trazerem as coisas, e, de alguma forma, arranjaram o que eu precisava”, lembra ele.

Logo depois, o bebê e a mãe foram levados por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. A mãe não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital. “Eu trabalho no resgate da Linha Amarela e já havia feito dois partos lá. Um deles foi dentro da ambulância, tranquilo. Mas o outro foi dentro de um Chevette, e muito mais trabalhoso. Mas nada se compara ao que ocorreu hoje”, conta Figueiredo.

Após ver a criança na incubadora da UTI neonatal, o médico falou com um sorriso no rosto, do lado de fora do hospital. “Ele está deitadinho. Tem o tamanho de uns dois palmos, não mais do que isso. Está tudo dando certo, e espero que continue assim”, disse Figueiredo.

“A atitude dele foi heroica e extremamente importante para que o quadro do bebê não se agravasse ainda mais”, afirmou a diretora do hospital. O bebê deve ficar internado por, pelo menos, dois meses. “Não me considero um herói. Quem trabalha com saúde tem a obrigação moral de ajudar. Herói é o Super-Homem”, disse Figueiredo. “Vou tirar uma foto desse médico guerreiro”, disse uma senhora que acompanhava a entrevista.
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