Os líderes da chamada bancada ruralista iniciam a 54ª legislatura dispostos a aprovar mudanças no código florestal. O assunto é uma das principais bandeiras da bancada, que voltou a se reunir nesta terça-feira (1), em Brasília, em jantar oferecido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

Com a posse dos 513 deputados e 54 senadores que renovaram dois terços do Senado, a FPA volta a aglutinar forças para debater e aprovar temas de interesse do setor produtivo rural. A decisão sobre as alterações do Código Florestal Brasileiro devem ser retomadas em março pelo Congresso Nacional.

O desafio dos deputados e senadores ruralistas não deve ser fácil, pois os ambientalistas estão mobilizados. Entidades como o SOS Florestas, um coletivo de organizações não-governamentais ambientalistas, acaba de lançar a cartilha Código Florestal: “Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental”.

A cartilha busca explicar, com argumentos técnicos, científicos e históricos, as principais consequências das mudanças propostas pelo relator do projeto que altera o código floresta, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e a bancada ruralista.

Aldo Rebelo garante, porém, que o novo código florestal é moderno e atende as necessidades do País na produção de alimentos e na preservação do meio ambiente. Com a proposta, ganhou a simpatia dos ruralistas e a ira dos ambientalistas que desejam mudanças radicais.

Bancada

A bancada do agronegócio foi reforçada no Senado pelo ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR/MT), e pela jornalista Ana Amélia Lemos (PP/RS). Na Câmara, a novidade é Irajá Abreu, filho da senadora e presidente da CNA Kátia Abreu (DEM-TO). Entre os reeleitos da bancada estão os deputados federais Homero Pereira (PR/MT), além de Moreira Mendes (PPS-RO) e Moacir Micheletto (PMDB-PR), respectivamente presidente e coordenador político da FPA.