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Terça-feira, 25 de junho de 2024

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ABSURDO

Bando pagava R$ 10 por dia para cuidar de criança sequestrada

Foto: Reprodução

Bando pagava R$ 10 por dia para cuidar de criança sequestrada
A quadrilha responsável pelo sequestro e assassinato do casal de Pontes e Lacerda pagava R$ 10 por dia para as pessoas que ficaram responsáveis pelo bebê de pouco mais de um ano, filho das vítimas, ao longo dos últimos três meses.


O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Luciano Inácio, informou que cerca de três famílias cuidaram da criança desde outubro, mês em que os pais foram executados. Segundo ele, o bebê chegou a ficar em uma casa de dois cômodos criada junto com cachorros.

Além disso, o menino corria risco, já que Ivan Rosa Moreira, um dos mandantes do crime e que está foragido, ainda pensava em executar a criança, pois sabia que a polícia poderia acabar encontrando o bando em função do bebê, que só teve a vida poupada porque Luiz Paulo da Silva, 22, assassino do pai da criança, não teve coragem de matá-lo e impediu que mais assassinato ocorresse.

Por último, a criança estava sendo cuidada por uma senhora, moradora do bairro Centro América, em Cuiabá. Luciano Inácio relata que a mulher não sabia do crime, pois os bandidos informaram que o pai do bebê era drogado e a mãe estava desaparecida. Por piedade, aceitou cuidar do menino.

A família anterior havia desistido de cuidar da criança porque os bandidos não estavam mais bancando o leite e as fraldas do bebê. O menino foi encaminhado ao Conselho Tutelar e apresenta dificuldades para falar e até andar.

Até o momento não foram encontrados parentes do pai, porém a polícia identificou familiares da mãe em Cacoal, que deverá ser avisada sobre o menino e a justiça deverá decidir sobre o futuro do bebê.

O caso

O casal foi sequestrado e assassinado em outubro do ano passado em Pontes e Lacerda. O crime foi motivado por um prêmio de R$ 1,4 milhão que Raimundo Nonato Ferreira da Souza havia ganho na Quina, quando morava em Cocal (RO), onde trabalhava como garimpeiro.

Após receber o prêmio, Raimundo retornou a Pontes e Lacerda com a família e compraram uma casa. Apesar do dinheiro, eles continuavam vivendo de forma modesta, tanto que não havia nenhum sistema de segurança na residência.

O crime foi idealizado por Raimundo Nonato Pereira da Silva, conhecido como B-18, e Ivan Rosa Moreira. B-18 havia trabalhado com a vítima no garimpo e chegou visitá-lo na casa em Pontes e Lacerda.

Ivan e B-18 contaram com o apoio de Luiz Paulo da Silva, autor dos disparos contra Raimundo, Ricardo Oliveira Queiroz, 27, responsável por levar o bando até Pontes e Lacerda, e Lauro Rosa Bueno, 22, acusado de ter invadido a residência do casal e levá-lo até o restante do grupo.

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