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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Presos suspeitos de tentar aplicar golpe milionário no Banco do Brasil

A polícia prendeu quatro suspeitos de tentar aplicar um golpe bilionário num banco. Dois ainda estão foragidos.


As investigações revelaram que o dono de uma casa em Tatuí, no interior de São Paulo, dizia ser um dos homens mais ricos do Brasil.

Segundo o Ministério Público, Francisco Nunes Pereira declarou à Receita Federal um patrimônio de R$ 10 bilhões. Mas os promotores afirmam que tudo era uma farsa e que o objetivo era usar as declarações de renda e extratos bancários falsos para tentar aplicar golpes contra o Banco do Brasil.

De acordo com os investigadores, ele e outros suspeitos usavam os documentos para entrar na Justiça e exigir do banco a liberação de quantias bilionárias, que o grupo alegava terem sumido das contas.

“Quando o Banco do Brasil interceptava e confirmava que aquele extrato era um extrato falso, montado, utilizando menos padrões do Banco do Brasil, rapidamente era feita uma perícia e a ação judicial era bloqueada”, declarou a delegada Virgínia Nascimento.

No Distrito Federal, a Justiça percebeu a fraude e negou a liberação do dinheiro.

Além de Brasília, Francisco Nunes Pereira entrou com ações na Justiça de três estados. No Pará, com a ajuda de comparsas, ele alegou ter direito a R$ 2,3 bilhões, que teriam sido depositados em uma conta dele no Banco do Brasil. Dessa vez, o processo andou.

A juíza Vera Araújo de Souza, da 5ª Vara Cível de Belém, determinou que o banco bloqueasse o valor para evitar prejuízos ao cliente. O Banco do Brasil recorreu, mas a determinação foi mantida pela desembargadora Marneide Merabet.

O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça, que conseguiu uma liminar para suspender o bloqueio do dinheiro e abriu uma investigação para apurar a conduta das magistradas.

Os bilhões de reais nunca foram sacados. Francisco vai responder por vários crimes, entre eles falsificação de documentos e formação de quadrilha. Em Belém, a polícia prendeu três pessoas.

A juíza Vera Araújo de Souza e a desembargadora Marneide Merabet também estão respondendo a um processo administrativo do Tribunal de Justiça do Pará. Segundo o tribunal, elas só poderão se manifestar depois da conclusão das investigações.
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