Preocupado com os prazos curtos da Copa 2014 da Fifa em Cuiabá (MT), o deputado federal Valtenir Pereira reuniu nos últimos dias com gestores da Agecopa, Prefeitura de Cuiabá e associação de comerciantes do Terminal Atacadista de Cuiabá, no bairro Verdão, para encaminhar transferência dos micro e pequenos empresários do local.

O terminal, próximo à Arena Pantanal que está em construção, deverá ser transferido para outra parte da cidade como central de abastecimento. Este foi o acordo feito entre a Prefeitura de Cuiabá e a Fifa. O deputado quis saber os encaminhamentos da questão e disse que vai atuar para transferir a estrutura para outra área.

Das reuniões ficou definido um novo encontro na quinta-feira (17) “para sentar e ver o terreno e sugerir um um centro de abastecimento”, diz Valtenir. O encontro deve ter o secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, diretores da Agecopa e direção da Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista do Verdão (Apetac). Foi a associação que solicitou apoio nos encaminhamento ao deputado.

“Disse ao prefeito Chico Galindo e ao secretário Dilemário Alencar para arrumarem o terreno que os recursos vamos correr atrás em Brasília”, contou. “Após a prefeitura doar o terreno, a Agecopa vai assumir para fazer o projeto”, informou sobre reunião com os diretores da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 (Agecopa), Agripino Bonilha e Carlos Brito.

No sábado, Valtenir conversou com comerciantes no próprio terminal. O impasse é que não há indicação de área nova para onde devem ir comerciantes de hortifrutigranjeiros que abastecem a região metropolitana de Cuiabá e as principais cidades de Mato Grosso.

“O Mercado do Porto depende de nós. Os grandes mercados se abastecem daqui. Comércio de frutas de Mato Grosso, hortifrutigranjeiros, embalagens, tudo passa por aqui”, cobra da prefeitura a comerciante Jânia Ramos de Lima, há 20 anos no Verdão.

Ela alerta para a questão da Copa de 2014. “Se nós não tivermos um local adequado para abastecer na Copa, não vamos ter alimentos. Estamos jogados às traças”.

O vice-presidente da associação, Valteir Ferreira, disse que é necessário inteligência para fazer a transferência do local para ser ter um local correto com infraestrutura para abastecer o Estado. “Precisamos de uma área mínima de 30 a 50 hectares. No terminal do Verdão temos 400 boxes, mas trabalham lá cerca de 10 mil pessoas”.