O prefeito Juarez Costa (PMDB) disse hoje que a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) cobrado pelos professores é impraticável para a realidade financeira do município de Sinop. Conforme o gestor, a proposta do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) causará impacto anual de R$ 13 milhões na folha de pagamento. “Do jeito que está esse PCCS é impraticável, pois quebra a prefeitura”, disse Juarez, em entrevista no programa
‘Cidade Urgente’, do SBT.
Cerca de 1.4 mil trabalhadores da rede municipal de ensino cruzaram os braços hoje e prometem uma greve sem prazo para terminar. O Sintep argumenta que a carga horária tem que baixar de 40 para 30 horas semanais, com o salário inicial mantido em R$ 1.260 mil. Além disso, os professores de 20 horas teriam os salários equiparados com os de 30 horas.
Juarez sustentou que o Poder Executivo não fechou as portas para negociações e busca meios de implantar um PCCS que cause menos impacto na folha. O prefeito ainda acusou a direção do Sintep Sinop de omitir informações sobre as negociações. “Não está havendo uma comunicação entre Sintep e professores, porque o que está sendo discutido nas negociações não está sendo repassado aos profissionais da educação”, aponta.
Argumenta o gestor municipal que está buscando apoio do governo do Estado, “repassando” três escolas para administração da Secretaria de Estado de Educação, e que há pedidos do Sintep que já foram atendidos. “O sindicato pediu aplicação de 65% do Fundeb na folha de pagamento e já praticamos 86%, No segundo ano de administração dei aumento além da inflação de até 16% para mais da metade dos servidores municipais, inclusive para merendeiras, zeladoras e outros profissionais da educação”, falou o prefeito.
O ganho real para 52% dos servidores, no ano passado, em detrimento da outra parte, pode ser um dos motivos que levaram os professores a fazer a greve. Em 2010, eles ficaram entre os 48% que receberam somente o reajuste da inflação. Desde então há forte movimento nos corredores das escolas pela implantação do PCCS, que é debatido há pelo menos dez anos e nunca foi aplicado no município.
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