Grupo invade festa de rua e esfaqueia quatro pessoas em SPO contrarregra Silvio Rodrigues, de 34 anos, contou ao G1 na noite deste sábado (26) que "partiu para briga" contra o grupo de agressores que invadiu a festa onde ele estava com amigos no Centro de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, eram skinheads, que esfaquearam três pessoas, incluindo Rodrigues, e espancaram outro rapaz na cabeça. Cinco suspeitos de envolvimento no crime foram presos.

Até as 22h30, duas vítimas continuavam internadas. "A gente foi para a briga mesmo, para o embate. Fomos provocados", disse o contrarregra, ferido por uma facada superficial na região da barriga. Ele precisou levar sete pontos. De acordo com Rodrigues, (ao contrário das informações iniciais da PM de que era uma comemoração na rua), a festa ocorria em um salão na Rua das Carmelitas. "Era a manifestação Fevereiro Antirracista, que a gente faz todo ano." O evento lembra a morte do adestrador de cães Edson Neri, na Praça da República, no Centro, em fevereiro de 2000.

Segundo a polícia, os cinco presos são skinheads. Todos foram levados para o 1º DP (Liberdade), onde Rodrigues estava. Até as 22h30, quando ele deu a entrevista, três vítimas continuavam internadas. Duas levaram facadas e um homem, segundo Rodrigues, foi espancado na cabeça. A PM contou que os agressores estavam armados com uma espingarda de chumbinho, facas, punhais, machadinhos e soco inglês.

Rodrigues disse que havia mais ou menos 20 pessoas na festa: "eram moradores de rua, da periferia, negros, brancos, homossexuais". Segundo ele, os criminosos "chegaram agredindo" e gritando palavras como "macaco, pilantra e sub-raça". Depois do início da confusão, os invasores correram para o Terminal Parque Dom Pedro, ali perto, e o contrarregra disse que muitas pessoas da festa foram atrás. "A briga terminou ali. Vimos uma viatura (da PM) e pedimos ajuda", contou ele, que levou a facada ali no terminal.