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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Presidente da Assembleia de SP defende deputados e ironiza aumento de patrimônios

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), defendeu nesta segunda-feira (28) os colegas deputados que dobraram seu patrimônio nos últimos quatro anos, segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.


O tucano disse que os parlamentares paulistas são cobrados injustamente e criticou o material veiculado pelo diário.

- O levantamento exagera aspectos que não condizem com a realidade e maximiza coisas para causar um impacto negativo.

Barros Munhoz se referiu, de forma irônica, ao caso de Mauro Bragato (PSDB), que teve variação patrimonial de 377,06% entre 2006 e 2010. Em 2006, o deputado declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 6.540. No ano passado, porém, apresentou relação de bens no valor de R$ 31.200.

- Ele deve ter trocado uma Variant 78 por um Monza 88.

Além de Bragato, outros 15 deputados pelo menos dobraram o patrimônio em quatro anos. Juntos, somaram R$ 8,7 milhões em bens declarados em 2010. O valor supera em 279% os R$ 3,1 milhões informados em 2006.

O presidente da Assembleia disse não ser contrário à publicação da lista de bens dos parlamentares, mas manifestou restrições quanto “à forma de divulgação”. Para ele, o que houve foi uma tentativa de “denegrir” a imagem dos legisladores.

De acordo com o deputado tucano, a população e a imprensa não compreendem o trabalho dos deputados e fazem uma avaliação equivocada de seu desempenho. Ele ressaltou que os deputados sofrem restrições no direito de propor leis, uma vez que “90% dos assuntos” devem ser de autoria do Executivo.

- A imprensa mede a atuação do parlamentar pelo número de projetos de sua autoria que são votados, o que é uma aberração. Esse papel de representar [a sociedade] é ignorado pela população. Quando, às sextas-feiras, voltamos para as bases, é como se isso fosse um crime, como se fôssemos passear, quando estamos trabalhando.

Para Barros Munhoz, é necessário fazer uma “avaliação justa” do trabalho dos deputados, que leve em conta a atuação individual nas comissões e no cotidiano do parlamento.

- O melhor parlamentar não é aquele que apresenta o maior número de projetos e os aprova.
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