O PT protocolou no Ministério Público de São Paulo uma representação pedindo a abertura de inquérito civil para apurar a denúncia de venda de dados sigilosos da Secretaria da Segurança Pública (SSP) a empresas privadas.

O Ministério Público disse que a representação foi protocolada, mas ainda não havia sido distribuída no órgão.

Na tarde de segunda-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o afastamento do sociólogo Túlio Khan da Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP após reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" sobre a venda dos dados.

A SSP informou que também solicitou ao Ministério Público e à Corregedoria-Geral a investigação das denúncias. O G1 tentou novamente nesta quarta-feira (2) falar com Khan, mas ele não respondeu aos recados. A representação do PT, assinada pelo deputado estadual Rui Falcão, pede que Khan e o secretário da Segurança Pública sejam investigados por improbidade administrativa.

Durante entrevista na terça-feira, Alckmin afirmou que “a atividade empresarial dele (Khan) é incompatível com o cargo que ocupa". "Então, será substituído das suas funções.” Segundo o governador, o novo nome será escolhido pelo secretário Ferreira Pinto.

A CAP concentra todas as informações estatísticas sobre violência no estado. Entre os dados sigilosos citados como vendidos estão furtos a transeuntes na região metropolitana de Campinas, a 93 km de São Paulo, e os bens que são levados com mais frequência nos roubos a condomínios na capital paulista. Ao jornal, Kahn afirmou que "nunca violou dados da Secretaria da Segurança".