A inflação no Rio de Janeiro registrou alta para 0,57% na primeira semana de março quando comparada com a quarta semana de fevereiro, quando o resultado indicou alta de 0,53%, de acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Apesar de o crescimento ter sido pequeno, mais uma vez, ele foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos, na ocasião, o tomate e a cenoura.

Os preços do tomate ficaram 15,82% mais caros e a cenoura, por sua vez, 15,64%. Também contribuiu para o aumento na inflação carioca os preços da empregada doméstica mensalista, que passou de 2,76% para 4,05%, da tarifa de telefone móvel ( de 1,73% para 2,53%).

Quando observados os dados por segmento, nesta semana, três das sete classes de despesa que compõem o índice registraram aceleração em suas taxas de variação (ou seja, ficaram mais caras quando comparados o valor anterior e o atual) entre as quais se destacam os grupos: Alimentação e Saúde e Cuidados Pessoais, cujas taxas passaram de 0,29% para 0,53%, e de 0,56% para 0,67%, respectivamente.

Embora os alimentos sejam o principal vilão da inflação brasileira desde setembro de 2010, nos últimos dois meses, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) os preços começaram a recuar, mas ainda se apresentam em patamares elevados.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, desde as chuvas que atingiram a região serrana do Estado, os produtos agrícolas têm exercido forte influência na inflação da cidade, entre eles, o tomate. Praticamente 70% do item consumido na capital fluminense vem da região serrana.

A disparada recente da inflação mudou o hábito de compras do consumidor brasileiro nos supermercados. Para driblar os aumentos de preços, as famílias de menor renda trocaram as marcas caras pelas mais em conta em itens tidos como supérfluos, isto é, o iogurte e o refrigerante.

Já o consumidor mais abastado também migrou para os itens mais baratos, mas em produtos de limpeza e artigos da cesta básica, que estão fora do uso habitual.