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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Congresso brasileiro debaterá segurança de usinas nucleares

O Senado e a Câmara dos Deputados do Brasil realizarão audiências públicas para discutir a segurança das duas usinas nucleares do país, por causa da crise na central japonesa de Fukushima, afetada pelo terremoto e pelo tsunami de sexta-feira passada, informaram fontes oficiais.


A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a realização de uma audiência para discutir o uso da energia nuclear, informou o serviço de notícias do órgão, que não informou a data do debate.

"O acidente de Fukushima, que pode se repetir em outras centrais nucleares pelo mundo provoca dúvidas sobre o nível de segurança das usinas nucleares e estimula o debate sobre a necessidade de se usar esse tipo de energia", afirmou o deputado opositor Ricardo Tripoli, promotor da audiência.

Por sua parte, o senador Jorge Viana pediu nesta quarta-feira a revisão das medidas de segurança das duas usinas nucleares em funcionamento no país, Angra I e Angra II, ambas situadas em Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro.

Viana também disse que uma comissão do Senado citou o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, para que explique em que fase está a construção da usina de Angra III, que será a terceira do país, assim como outros projetos futuros. A data desta citação também não foi informada pelo Congresso.

Segundo a Eletronuclear, Angra I e Angra II estão operando normalmente e perto de sua capacidade total de geração.

O Governo planificou a construção de outras quatro usinas nucleares até 2030, que provavelmente ficarão no nordeste do país.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse na terça-feira que a política nuclear do Brasil não vai sofrer alterações por causa da crise de Fukushima.

Por sua parte, o titular de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, assegurou na terça-feira em entrevista coletiva que os diferentes ministérios implicados na área nuclear "trabalham em sintonia" e estão "atentos" à situação no Japão.

Mercadante insistiu que as usinas nucleares do país são seguras e disse que o Brasil adotará as mudanças nos protocolos de segurança que possam ser feitas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Além disso, anunciou que o Governo brasileiro publicará diariamente e "em tempo real" informações oficiais sobre a crise nuclear do Japão que provenham da AIEA e das autoridades japonesas.
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