Os rodoviários que operam linhas municipais e intermunicipais em cinco cidades do Rio de Janeiro cederam e encerraram na noite de ontem (27) a greve que prejudicou pelo menos 1 milhão de passageiros que utilizam o transporte regular em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, na Região Metropolitana, e em Maricá, na Região dos Lagos.

A categoria decidiu, em assembléia, aceitar a proposta do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Setrerj), de aumento de 7% nos salários, o que representa três pontos percentuais abaixo do que a reivindicação inicial dos trabalhadores.


Pelo acordo, os valores pagos pelas empresas como ajuda de custo para compra dos uniformes e pela cesta básica também sofrerão reajustes.

A decisão de suspender a paralisação foi tomada depois que o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região determinou que pelo menos 40% da frota de ônibus atendesse a população. Em caso de não cumprimento da ordem judicial, o sindicato da categoria poderia ser multado.

Durante boa parte da sexta-feira, cerca de 10 mil motoristas cruzaram os braços, prejudicando o movimento de ida para o trabalho e de volta para casa. Houve congestionamento nas principais vias da região, incluindo a Ponte Rio-Niterói.

Para minimizar os transtornos, a empresa que opera o sistema de barcas no Rio trabalhou em esquema especial, reduzindo os intervalos entre as viagens. A Polícia Militar reforçou o policiamento em frente às empresas de ônibus e nos terminais rodoviários da região metropolitana. Foram registradas 12 ocorrências de tumulto praticado por manifestantes na saída de alguns ônibus das garagens. .