A inspiração veio de Cingapura, que sofreu uma grande epidemia há seis anos. A rotina de verificação nas casas diminuiu em 90% o número de casos da doença.
imprimir O Rio de Janeiro começou neste sábado (26) uma campanha contra a dengue inspirada em um pequeno país da Ásia que conseguiu acabar com uma epidemia da doença. O segredo? Uma simples vistoria de dez minutos por semana em cada casa.
Uma campanha da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro pede apenas dez minutos por semana contra a dengue.
A campanha contra a dengue começou neste sábado (26) em duas favelas de Copacabana. Uma senhora está disposta a participar. “Com certeza, pode entrar”, diz.
A pesquisadora mostra na cartilha treze itens que podem ser checados em apenas dez minutos. A inspiração para a campanha veio de Cingapura. O pequeno país no Sudeste Asiático sofreu uma grande epidemia de dengue há seis anos. A rotina de verificação nas casas, em seis semanas, diminuiu em 90% o número de casos da doença.
“A caixa de água deve ser mantida completamente vedada para impedir que o mosquito entre e bote seus ovos”, avisa uma funcionária da Fiocruz. “A calha está com detritos e com folhas, isso pode virar um criadouro se chover”, alerta a funcionária em visita a uma outra casa.
O transmissor da dengue leva de sete a dez dias para se desenvolver, da fase de ovo para a de mosquito adulto. O trabalho impede que os mosquitos encontrem os locais ideais para deixar os ovos. E também interrompe o ciclo de vida deles. A checagem deve ser repetida toda semana.
No banheiro pouco usado, a descarga elimina riscos no vaso e no ralo. Nada de água parada em baldes, garrafas ou na bandeja atrás da geladeira. “Somos quatro pessoas em casa, eu, meu esposo, meu filho e minha filha. Nós vamos dividir as tarefas e não vai ter vez para o mosquito nesta casa”, conta a dona de casa Dilma Baptista.
“Esses dez minutos por semana que a gente usa olhando os criadouros, não estamos gastando nem perdendo. A gente está investindo na saúde da família e de todos”, explica a pesquisadora da Fiocruz, Denise Valle.