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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Agressão em frente a bar, no Paraná, teve motivação homofóbica, diz vítima

Dois homens foram espancados em frente a um bar na noite da última sexta-feira (1º), em Arapongas, município da região Norte do Paraná. A motivação teria sido homofóbica, disseram ao G1 uma vítima e uma testemunha.


Por volta das 23h, oito pessoas de uma equipe de trabalho voltavam de uma viagem a uma cidade vizinha e pararam no bar “para comemorar uma semana muito boa”, disse um dos agredidos. A confusão começou na saída. “Meu amigo era o último em uma fila que seguia para a van, estacionada a duas quadras”. O rapaz teria sido surpreendido por duas mulheres e um homem que o espancaram até que desmaiasse.

“Os agressores estavam em uma mesa ao lado, no bar. (...) Enquanto a gente estava lá, uma garota vinha até nós, trazendo recadinhos, dizendo que o amigo dela tinha ficado afim do meu amigo” – essa versão está também nos documentos da delegacia de Arapongas, confirma o delegado Walter Helmut.

Ao ver a agressão, o amigo correu para socorrer, mas ao chegar foi também espancado. “Não dava para ver quem batia, foi muito rápido”. O segundo a apanhar teve três fraturas no rosto de deve fazer uma cirurgia para reconstituir o nariz. Os agressores fugiram, levando o celular do homem desmaiado.

Os dois foram recolhidos por enfermeiros do Hospital João de Freitas – localizado em frente ao bar. A direção do hospital não quis se pronunciar sobre o caso.

Os agredidos têm 22 e 33 anos, emprego e se mudaram para Arapongas há dois meses, vindos de São José do Rio Preto (SP).

Investigação
Delegado de Arapongas, Walter Helmut, disse que precisa de uma semana para decidir se o caso é de termo circunstanciado ou se abre um inquérito. “O problema é que os rapazes [agredidos] não conseguem identificar quem são os agressores e tenho que descobrir a autoria”.

Ele informou que o dono do bar deve ser ouvido. “Vamos apurar o caso, mas não há prazo. (...) Em uma semana devo chegar a um sinal. (...) Se não encontrarmos ninguém, não há nada para fazer. (...) E para decidir se um inquérito deve ser aberto, preciso do laudo do hospital”. O laudo não foi solicitado.
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