O piloto brasileiro Rubens Barrichello, da Brawn, declarou após a dobradinha de sua equipe no GP da Austrália, o primeiro do Mundial-2009 da F-1, que com esse carro ele acredita ter condições de conquistar pela primeira vez o título da categoria.
No domingo, Jenson Button venceu a corrida com Barrichello em segundo --o inglês não teve sua liderança ameaçada em nenhum momento.
Apesar do otimismo, o brasileiro ressaltou que as chances da escuderia podem ser prejudicadas pelo fato de o time ter feito poucos testes, já que o time foi anunciado já no fim da pré-temporada, quando todos os rivais já vinham treinando.
"O carro é ótimo. É um carro para ser campeão. O único problema é que a equipe é pequena. Bem preparada, mas com apenas alguns testes realizados. É muito cedo para dizer se estamos com tudo em mãos [para lutar pelo título], porque quando você testa, muitas coisinhas podem aparecer", disse o piloto à revista inglesa "Autosport".
"Mas por todo o conhecimento que tenho, depois de 16 anos pilotando carros [de F-1], posso dizer que esse tem o potencial para vencer corridas por um bom tempo", falou Barrichello, que estreou na F-1 em 1993 e é o recordista de provas disputadas na categoria.
Apesar da dobradinha em Melbourne, a Brawn anunciou na segunda que vai demitir 270 dos seus 700 funcionários.
Sem o mesmo suporte financeiro da Honda, a escuderia disputou o GP da Austrália com apenas dois patrocinadores estampados em seus carros: a empresa de vestuário e calçados Henri Lloyd e o conglomerado Virgin, que pode, aliás, dar nome à escuderia no futuro.
Malásia
Apesar do domínio da Brawn na Austrália, Barrichello disse não achar que a situação irá se repetir no GP da Malásia, no próximo domingo, às 6h (de Brasília).
"Na Malásia, acho que a corrida será mais disputada. A Ferrari, com certeza, vai estar mais próxima. A McLaren também sempre anda bem lá. Fiquei surpreso com a Red Bull, então acho que será bem disputado", concluiu.
Os primeiros treinos livres para a prova de Sepang serão disputados às 23h de quinta-feira.
