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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Chaveiro e vigia confessam que ajudaram atirador a comprar arma usada em massacre de Realengo

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, apresentou pouco depois das 10h deste sábado (9) os dois homens suspeitos de intermediar a venda do revólver calibre 32 ao atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos.


O ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, também na zona oeste, matou 12 estudantes e feriu outros 12 na manhã de quinta-feira (7). Ele se matou após o massacre atirando contra a própria cabeça.

De acordo com o delegado Felipe Renato Ettore, responsável pela investigação, os dois homens, um chaveiro e um vigia, confessaram que ajudaram Oliveira a comprar a arma. Cada um teria recebido R$ 30 pelo trabalho. Segundo os próprios presos, o homem que efetivamente teria vendido o revólver teria recebido R$ 190. Ela está desaparecido desde o Carnaval.

Entenda o caso

Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos (a polícia chegou a divulgar que ela tinha 24 anos, mas a idade foi corrigida posteriormente), ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).

Conheça as vítimas do ataque à escola Tasso da Silveira

Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, sendo três em estado grave, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.

Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.

Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.

Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados na sexta-feira (8) e uma foi cremada na manhã de sábado (9).

O corpo do atirador permane no IML. Ele ficará no local por até 15 dias aguardando reconhecimento por parte de um familiar e liberação para enterro. Caso isso não ocorra, o homem de 23 anos pode ser enterrado como indigente.
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