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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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‘Se tivesse reagido eu teria morrido’, diz homem esfaqueado na Paulista

Foto: Divulgação

‘Se tivesse reagido eu teria morrido’, diz homem esfaqueado na Paulista
O homem esfaqueado por um morador de rua em um ponto de ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (11), deixou na tarde desta sexta-feira (15) o Hospital das Clínicas (HC). Ainda sentindo dores, o cozinheiro Antonio de Oliveira Inácio, de 44 anos, que foi ferido no tórax e no braço, acredita que o agressor queria lhe matar.


“Eu estava distraído, conversando com um amigo. Se eu tivesse reagido ao ataque, eu teria morrido, porque ele ficaria mais violento. Eu só me defendi com a mão. Se estivesse com uma arma, tinha me matado. Ele queria me matar”, contou o cozinheiro ao G1. Ele chegou a ficar internado na Unidade de Terapia Intensiva do HC.

O cozinheiro deixou o restaurante onde trabalha, na Rua Peixoto Gomide, por volta das 15h30 de segunda-feira e foi para o ponto de ônibus, em frente ao Parque Trianon. Antonio disse que nunca tinha visto o agressor. “Ele passou no ponto de ônibus e disse ia matar todo mundo, mas eu não dei atenção. Pensei que era um doido”, disse.

Depois da ameaça, o morador de rua de 52 anos esfaqueou o rosto da auxiliar de cozinha Lina Ferreira, mas Inácio afirmou não ter visto o ataque. Ele disse ainda não ter notado uma movimentação estranha no ponto de ônibus após o primeiro ataque. Lina teve ferimentos no rosto e na mão e recebeu alta médica na noite de segunda-feira mesmo. Após ferir a auxiliar de cozinha, ele partiu para cima dele.

Inácio acredita que tenha sido escolhido aleatoriamente pelo agressor. “Ele poderia ter feito a mesma coisa com qualquer um”, afirmou.

Os comerciantes e as pessoas que trabalham na rua dizem que o homem que atacou os dois no ponto de ônibus circulava pela região havia pelo menos oito meses. Eles relataram que o homem bebia muito, mas nunca tinha apresentado um comportamento agressivo. Pouco tempo antes do ataque, o morador de rua esteve na lanchonete onde Antonio trabalha.

Ainda na tarde desta sexta-feira, Inácio esteve no 78º Distrito Policial, nos Jardins, para prestar depoimento e, como não se sentia bem, decidiu fazer o exame de corpo de delito em um outro dia. A polícia investiga o motivo do ataque e pedirá um laudo de sanidade mental do agressor, que foi preso em flagrante, e responderá por tentativa de homicídio.
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