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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Operação na Rocinha vaza e chefe do tráfico escapa

Apesar de a Polícia Civil ter considerado positivo o resultado da operação na favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio, na manhã desta terça-feira (19), a ação poderia ter sido mais bem sucedida, caso a informação sobre a operação na tivesse vazado.


Oficialmente, a delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, diz não ter recebido informações sobre o vazamento da operação. Na favela, no entanto, moradores diziam saber que a polícia entraria na favela já na noite da última segunda-feira (18).

O subchefe operacional da instituição, delegado Fernando Veloso, disse que as pessoas que disseram isso aos jornalistas precisam procurar a polícia para denunciar o caso.

- A nós, essa informação não chegou. Até podemos tentar ver se há algum indício de vazamento, mas as pessoas que disseram isso à imprensa, precisam falar com a polícia.

Indícios desse vazamento puderam ser percebido nas prisões e nas apreensões. O chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, não foi encontrado. Parentes dele, que tiveram prisão decretada pela Justiça por lavar dinheiro do tráfico também não foram localizados. Apesar da grande quantidade de drogas apreendidas, nenhuma arma foi encontrada.

Alguns agentes envolvidos na operação, que preferiram não se identificar, também confirmaram o vazamento. Moradores da Rocinha disseram ainda que, por volta das 5h30, 30 minutos antes da chegada a polícia, traficantes já soltavam fogos para avisar sobre a presença da polícia.

Até o fim da manhã desta terça-feira, 11 pessoas haviam sido presas durante a operação, a grande maioria em flagrante. Entre os 30 que tinham mandado de prisão expedidos pela Justiça, um era taxista e prestava serviços para traficantes, transportando criminosos e armas entre comunidades dominadas pela facção que controla a Rocinha.

Outro preso na operação é apontado como braço direito do traficante conhecido como Leão, que, por sua vez, é braço direito do traficante Nem. De acordo com policiais civis, Nem e seus parentes não saíram da favela, onde ainda estariam escondidas.

Até o fim da manhã, 11 pessoas haviam sido presas e 42 veículos apreendidos. A polícia também estourou duas centrais clandestinas de TV por assinatura e um local que servia de depósito de eletrodomésticos roubados. Cerca de três toneladas de maconha, avaliadas em até R$ 3 milhões, também foram encontradas na favela.
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