O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira ao presidente da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, que o lançamento de um foguete por parte da Coreia do Norte representaria uma "provocação". O democrata afirmou que caso o ataque seja concretizado, o país consultará Seul para organizar uma retaliação conjunta.
A declaração foi concedida em uma reunião paralela entre os dois presidentes, realizada à margem da Cúpula do G20 (países ricos e principais emergentes) em Londres para combater a crise econômica mundial.
"Mostraram-se de acordo na necessidade de uma resposta unida e firme por parte da comunidade internacional, se a Coreia do Norte lançar um foguete de longo alcance", informou um comunicado emitido após a reunião. O presidente americano prometeu a Lee que consultará Seul antes de tomar medidas, se o lançamento chegar a acontecer.
Obama ressaltou que o lançamento do foguete --previsto entre os dias 4 e 8 de abril que o regime norte-coreano diz ser um satélite-- viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organizações das Nações Unidas).
A Coreia do Norte "não poderá distanciar a relação entre EUA e Coreia do Sul", disse Obama que reiterou "o objetivo imutável da eliminação verificada das armas e do programa nuclear norte-coreano".
As ameaças norte-coreanas de lançar o míssil centraram a reunião entre Obama e Lee, na qual também foi discutido o tratado de livre-comércio assinado pelos dois países e à espera de ratificação no Congresso dos EUA.
Negociações
As ameaças da Coreia do Norte fizeram parte das conversas que Obama tinha mantido na quarta-feira com o presidente da China, Hu Jintao, e com o presidente russo, Dmitri Medvedev.
Nesta quarta-feira, Obama e Medvedev prometeram reabrir as negociações para a redução de seus arsenais de ogivas nucleares, a primeira de caráter significativo sobre armamento entre os dois países desde 1997.
De acordo com o comunicado conjunto, Obama e Medvedev querem chegar a um acordo sobre a redução antes do vencimento do atual Tratado para a Redução e Limitação de Armas Ofensivas Estratégicas (Start), em dezembro deste ano.