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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Notícias | Brasil

Corretor não acredita em hipótese da polícia para chacina de ambientalistas

Um profissional ligado ao setor imobiliário – e que prefere não se identificar, com medo de retaliações – disse em entrevista ao G1, nesta segunda-feira (25), que duvida que a chacina envolvendo cinco pessoas em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, tenha sido um latrocínio, como informou o superintendente da polícia Marcos Furtado no início das investigações. Três dos homens eram ambientalistas.


“Quem quer roubar não amarra pessoas e dá tiro nos olhos. Quem rouba dá tiros para todo lado, não se importa. Ninguém acredita [na linha de investigação]”, declarou a fonte.

No último sábado (23), os irmãos e ambientalistas Antônio Luiz e Jorge Grando foram assassinados na chácara de Jorge, junto a Albino da Silva, Gilmar Reinert e Valdir Lopes. Os corpos estavam amarrados e com marcas de tiros na nuca e nos olhos.

“Entre as pessoas mais chegadas, que trabalham com imóveis, até se fala da participação de policiais no crime. Está claro que não foi uma contratação qualquer. Não foi um bandido desses de favela, foi alguém muito especializado. (...) Mas tudo é burburinho, conversa de corredor”.

“Eu mesmo tentei comprar áreas em Piraquara e fui impedido pela prefeitura, porque era uma área de manancial. E nessas áreas é impossível construir sem danos, mesmo que haja estrutura de saneamento. (...) Nessa época [da tentativa de compra], ninguém da prefeitura tentou negociar e os funcionários deixaram isso bem claro. (...) Mas não se sabe o que pode ter acontecido em outras negociações”.

“O que fizeram foi uma crueldade imensa. Em nenhuma hipótese havia a necessidade de uma barbaridade dessas. (...) E dá pra ver que isso é coisa de gente grande, não é qualquer dono de meio metro de terra”.
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