O presidente do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), Edmilson Paranhos de Magalhães Filho, alegou que o processo de investigação, em curso no Ministério Público de Rio Grande do Norte, contra a entidade surgiu em razão de uma briga do município de Pajuçara (RN) com o MPE e pela pressa da prefeitura em inaugurar uma unidade de saúde.

O Ipas venceu a licitação para administrar o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, previsto para ser aberto em, no máximo, agosto deste ano. O presidente explica que, no ano passado, o então presidente Lula iria visitar o município, o que motivou a administração municipal a acelerar a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

“A UPA deveria ser entregue em cinco dias e, por isso, não foram seguidos todos os trâmites processuais necessários”, admitiu Magalhães Filho, ao negar, porém, a existência de irregularidades no procedimento. “Não atropelamos nada. Em cinco dias ganhamos a licitação”, frisou.

Sobre a resistência dos médicos grevistas em relação ao novo modelo de gestão adotado pelo secretário de Saúde do Estado, Pedro Henry, que consiste na concessão dos serviços às Organizações Sociais (OS), o representante do Ipas avalia que será “quebrado” após a sua implantação.

“A partir do momento em que implantarmos o sistema não haverá mais resistência porque a OS vai pagar direitinho como qualquer outro lugar em que os médicos forem trabalhar”, observou. Ele garante que o instituto é idôneo e que desde 1950 atua no mercado, sendo que hoje administra quatro hospitais de Pernambuco e um de Alagoas.

Para o Hospital Metropolitano, com capacidade para a realização de 500 procedimentos cirúrgicos, serão contratados 300 profissionais de saúde.