Mais tranquilo do que nunca, Fierro entra na vaga de Leonardo Moura no Fla-Flu Dentro de campo, Gonzalo Fierro ainda é uma incógnita para a torcida do Flamengo. Em pouco mais de oito meses no clube, o chileno teve poucas oportunidades e entrou em campo apenas 12 vezes. Último da fila, ele ainda não teve tempo para justificar com a bola nos pés o apelido de “pistoleiro”, que trouxe de sua terra natal, mas já deu provas de que se trata um jogador tranquilo.

Tranquilo até demais, na verdade. Pelo menos a julgar pelo número de vezes que repetiu esta palavra em sua primeira coletiva de imprensa no ano, nesta quinta-feira, na Gávea: dez! Único jogador de linha do elenco que ainda não teve chance entre os titulares, Fierro vai iniciar o Fla-Flu do próximo domingo, às 16h, pela oitava rodada da Taça Rio, no Maracanã.

- Sempre me mantive tranquilo e esperei a oportunidade. Nunca me desesperei. Segui treinando da mesma forma, trabalhando para jogar. Agora vou ter minha oportunidade. Quero mostrar porque vim para o Flamengo. Nunca reclamei de nada. Só pensei em trabalhar da melhor forma.

O motivo das poucas oportunidades está no setor do campo em que o chileno gosta de atuar, o mesmo de um dos “intocáveis” do elenco.

- Vou jogar aberto pelo lado direito, fazendo o setor com o Everton Silva. É onde sempre joguei, fazendo uma função similar a do Léo Moura.

Escalado justamente em um dos clássicos de maior rivalidade do futebol sul-americano, Fierro garante que não vai sentir a pressão. Constantemente convocado para a seleção do Chile, ele acredita que tem a experiência necessária para suportar as cobranças do torcedor.

- Trata-se de um grande clássico sul-americano. Se assemelha a Brasil e Argentina, e outros jogos importantes. No Chile, jogava por um grande time e estou acostumado. Trabalhamos bem essa semana. Esperamos que o jogo seja tranquilo.

Para que tenha realmente uma estreia “tranquila”, o meia aposta na força de vontade dos jogadores, uma vez que o Fla entrará em campo sem seis titulares.

- Não muda muito a equipe. Os companheiros que estão entrando têm vontade de jogar bem e estão motivados, até mesmo por ser um clássico. O Fluminense está bem, e precisamos da vitória para ficar tranquilos.