Os ruralistas de Mato Grosso não gostaram das alterações no projeto de lei do novo código florestal proposta pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e passaram a defender o texto original do parlamentar comunista.
"As alterações do segundo texto abrem brechas para o Executivo legislar sobre a matéria. Permite legislar via decreto e MPs (Medidas Provisórias), além de aceitar normas", adverte Carlos Fávaro, diretor Administrativo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).
Segundo Fávaro, as "brechas" representam "insegurança jurídica" para o setor produtivo e causa espécie as mudanças propostas por Rebelo, sob forte pressão dos ambientalistas e do Palácio do Planalto.
"Não podemos ficar reféns de decisões futuras do Poder Executivo. O Congresso Nacional precisa disciplinar esta questão (o novo código) para trazer paz ao campo e segurança aos produtores", pondera.
Na avaliação de Fávaro, o momento é histórico e os congressistas precisam ter coragem para propor uma lei que traga justiça e equilíbrio social, sem aceitar as pressões injustas.