Banco do Brasil, Safra e UBS demonstraram interesse em adquirir bônus da dívida do Estado, que está acumulada em R$ 4,7 bilhões. A informação é do secretário adjunto da Casa Civil, Vivaldo Lopes, que acompanha a comitiva do governador Silval Barbosa (PMDB), em Brasília, nesta terça-feira (10). A dívida fechou 2010 em R$ 870 milhões e que deve subir mais R$ 1,1 bilhão ao final deste ano.
“Há apetite dos bancos privados para adquirir bônus da dívida do Estado. A idéia é conseguir uma maneira de equalizar essa dívida a um custo menor para liberar o caixa para que o Estado possa investir mais em infraestrutura e na área social”, destacou Vivaldo.
Para Vivaldo Lopes, Mato Grosso possui uma condição privilegiada entre as unidades da federação que se encontram endividadas e que tentam buscar formas alternativas de diminuir o gasto com a dívida.
“Desde 1998, quando foi feita a última renegociação com o governo federal, Mato Grosso nunca atrasou o pagamento. O Estado é bom pagador, tem um constante fluxo de caixa, bons dados fiscais e um crescimento de sua economia acima da média nacional. Nossas despesas são bem controladas e a receita do Estado é crescente”, argumentou.
De acordo com o secretário, a dívida do Estado aumenta em média de 10 a 20% ao ano. “Desde que a União renegociou os débitos dos Estados, em 1998, com juros de 6% ao ano mais IGPDI (Índice Geral de Preços de Disponibilidade Interna), o montante devido pelo Estado cresceu 18% ao ano”, explicou.
Silval Barbosa recebeu nesta terça-feira o aval do secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Arno Augustin, para equalizar a dívida do Estado a partir da venda para bancos privados. O modelo proposto por Mato Grosso é único entre os Estados. Apenas a prefeitura do município do Rio de Janeiro e o governo do Rio Grande do Sul venderam uma parte da dívida para o Banco Mundial.
A proposta apresentada oficialmente por Silval Barbosa ao STN propõe um projeto para emissão de títulos da dívida pública, que hoje está em R$ 4,7 bilhões. Com esta proposta Mato Grosso conseguiria pagar cerca de R$ 1 milhão ao ano com juros bem menores que os praticados atualmente.
