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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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NO PARAÍSO

Conheça país onde Gisele Bündchen celebrará casamento

Cercada de fotógrafos, dentro ou fora das passarelas, a modelo Gisele Bündchen encontrou seu recanto de paz na praia de Mal Pais, na Costa Rica, onde tem uma casa. Lá, ela surfa, curte feriados e os poucos dias de férias.

Foto: Patrick Fulton/Creative Commons/Reprodução

Costa Rica é o cenário escolhido pelo casal Bündchen e Brady para seu casamento

Costa Rica é o cenário escolhido pelo casal Bündchen e Brady para seu casamento

Cercada de fotógrafos, dentro ou fora das passarelas, a modelo Gisele Bündchen encontrou seu recanto de paz na praia de Mal Pais, na Costa Rica, onde tem uma casa. Lá, ela surfa, curte feriados e os poucos dias de férias. O lugar foi escolhido para a segunda cerimônia do seu casamento com o jogador de futebol americano Tom Brady (a primeira foi uma celebração secreta em Santa Mônica, Califórnia). A festa inclui um jantar nesta sexta-feira (3/4), mas o casamento mesmo será no sábado. Tudo bem discreto: apenas cerca de 50 pessoas foram convidadas.


O clima de badalação tranquila de Gisele e Tom em Mal Pais é a cara da Costa Rica. País mais preservado do mundo, com 30% de suas terras protegidas por lei, esse pequeno pedaço da América Central é uma gostosa mistura de praias em dois oceanos, mata atlântica exuberante e vulcões. Modelo em preservação, a Costa Rica comprometeu-se em zerar suas emissões de gás carbônico em 2021, quando completa 200 anos de independência. Não à toa, o ecoturismo e o turismo de aventura são fortíssimos no país que, aliás, inventou e apresentou ao mundo o arvorismo, o excitante exercício de percorrer uma floresta pelo alto, deslizando em cabos de aço estendidos nas copas das árvores.

Com área cinco vezes menor do que o Estado de São Paulo, a Costa Rica pode ser visitada de ponta a ponta em uma semana de viagem, a bordo de um carro alugado, de preferência com tração nas quatro rodas, já que chove muito no país e boa parte das estradas não é pavimentada. O roteiro começa obrigatoriamente pela capital, San José. Fundada em 1738 pelos espanhóis, a cidade de 300 mil habitantes tem bairros com charmosa arquitetura colonial e monumentos interessantes - o principal deles é o majestoso Teatro Nacional, de 1894.

A cultura tem seu espaço na Costa Rica, mas a natureza fala mais alto. Pertinho da capital, já dá para visitar uma das atrações mais espetaculares do país: o vulcão Poás. Com 2.708 metros de altura, ele é coroado por um lago de azul intenso em sua imensa cratera. Risco de erupção? Algum, sim, pois o Poás despejou lava pela última vez em 1954.

Mas, prepare-se: há muito mais vulcões em atividade na Costa Rica. O Arenal, por exemplo, é quase tão ativo quanto o vulcão mais violento do mundo, o Kilauea, no Havaí. Com 1.700 metros de altura, o Arenal parece até um protótipo vulcânico de trabalho escolar: de forma cônica, despeja lava diariamente, sem falta, desde 1968, e vive com fumacinha no topo. À noite, a erupção é mais visível, com os respingos de lava vermelha se destacando no céu e atraindo hordas de turistas com seus binóculos. A Costa Rica tem mais de uma centena de vulcões, seis deles ativos. Além dos dois citados, vale a pena conhecer também o Rincón de la Vieja, dentro de um parque nacional de floresta tropical.

Mesmo para o brasileiro, relativamente acostumado ao verde, a exuberância da mata costarriquenha impressiona. Com apenas 51 mil km², o país abriga 5% de todas as espécies vivas do planeta e 10% das aves - o dobro dos Estados Unidos e do Canadá, somados. Isso só acontece porque os espanhóis, embora tivessem se encantado com o lugar a ponto de batizá-lo de Costa Rica, logo se deram conta de que ele não possuía as minas de prata de outras colônias. Desprezado até prosperar mais tarde com o café, o país permaneceu com natureza quase intocada - o que, para as gerações futuras, vale mais do que qualquer jazida preciosa.

Para usufruir dessa natureza, a Costa Rica conta com inúmeros parques nacionais. A reserva de Monteverde, perto do vulcão Arenal, é perfeita para um safári fotográfico - você pode até ter a sorte de encontrar o colorido quetzal, o pássaro sagrado dos maias, com sua belíssima cauda de 60 centímetros.

No Parque Nacional Bráulio Carrillo nasceu o arvorismo, ou canopy, na linguagem turística internacional. A experiência é insuperável, uma vez que nas copas das árvores vivem dois terços dos animais e plantas das florestas tropicais. Muitos outros parques do país oferecem essa atividade e também contam com pontes suspensas para os que não se sentem seguros pendurados em cabos de aço.

Outra atividade radical muito procurada na Costa Rica é o rafting, que encontra nos rios Pacuare e Reventazión dois dos melhores pontos do mundo para a prática. As corredeiras começam no leste da capital, passam por penhascos verdes belíssimos e vão para o Caribe.

A costa atlântica, ou caribenha, da Costa Rica é repleta de vilarejos nos quais a convivência entre pescadores, surfistas e estrangeiros dá o tom. As ondas de Salsa Brava estão entre as mais cultuadas pelos surfistas. No Parque Nacional Tortuguero, ao norte de Salsa Brava, a possibilidade de ver animais é enorme, sobretudo as tartarugas marinhas, que desovam nas águas da praia no segundo semestre.

As tartarugas também fazem seus ninhos na costa do Pacífico, do outro lado do país. E ninhos bem maiores, diga-se. É que o Parque Nacional Las Baulas costuma receber a gigantesca tartaruga-de-couro, ou tartaruga-gigante, para a desova. A espécie chega a 1,7 metro de comprimento e está ameaçada de extinção. Um passeio noturno contempla o momento em que as fêmeas chegam para deixar seus ovos - de 40 a 100 deles a cada desova! Acompanha-se tudo com o maior cuidado e no escuro, para evitar estressar as tartarugas.

Também adequada para o surfe, como bem sabe Gisele Bündchen, a costa do Pacífico da Costa Rica não tem águas tão translúcidas nem tantos coqueiros quanto o lado caribenho. Ganha, porém, na paisagem, com encostas verdes emoldurando o litoral. Também se destaca no luxo. A cidade praiana de Tamarindo - ou "tamagringo", como brincam os locais - notabiliza-se pelos campos de golfe e resorts, ocupados principalmente por norte-americanos.

Tamarindo e Mal Pais ficam na Península de Nicoya, o trecho mais conhecido do lado pacífico da Costa Rica. Há muitas outras praias, lojinhas descoladas, vilarejos que parecem saídos do cinema e estrelas que realmente são de cinema - Mel Gibson também tem casa em Mal Pais. Parques nacionais e iniciativas verdes atraem visitantes que curtem a natureza e apoiam projetos de preservação. Gisele Bündchen e Tom Brady estão entre eles - e pode-se dizer, sem medo de errar, que a presença do célebre casal na Costa Rica só vem reforçar a beleza do país.

Onde ficar
Timarai Bamboo Resort - Entre um rio e o Pacífico, esse charmoso resort em meio à mata atlântica é todo construído em bambu. Oferece esportes aquáticos, terrestres e aéreos (como parapente). Playa Palo Seco, Parrita, www.timaraibambooresort.net.

Arco Iris Lodge - Na região central do país, essa pousada junto à floresta de Monteverde é ótima opção para se hospedar entre os dois oceanos e viajar pelo país de carro. Santa Helena, www.arcoirislodge.com.

Casa Verde Lodge - Pousada de praia parecida com as do litoral norte paulista, com belo jardim e piscina. Fica próxima de Salsa Brava, no lado caribenho. Puerto Viejo, www.cabinascasaverde.com.

Four Seasons Resort Costa Rica - Para quem pode pagar as diárias ao redor de US$ 900, esse hotel no Pacífico é o que há de mais sofisticado no país - até Madonna já se hospedou aqui. Península Papagayo, Guanacaste, www.fourseasons.com/costarica.

Onde comer
Dragonfly Bar & Grill - O cardápio, contemporâneo, tem influências da cozinha asiática e californiana. Ambiente despojado, com mesas ao ar livre. Ótimo custo/benefício. Em Tamarindo, www.dragonflybarandgrill.com

Playa de los Artistas - Também no lado pacífico do país, serve peixes e frutos do mar ao estilo mediterrâneo. Ambiente praiano. Em Montezuma, www.playamontezuma.net/playadelosartistas.htm

Tin Jo - Cozinha asiática com todos os acentos possíveis, com maior presença dos pratos chineses. San José, aliás, tem muitos restaurantes chineses - e o Tin Jo é o melhor deles. Rua 11, entre avenidas 6 e 8, em La Soledad, San José.

Onde se aventurar
Parque Nacional Rincón de la Vieja - Cachoeiras, gêiseres, piscinas naturais de água quente, floresta densa e repleta de pássaros e um vulcão ativo de 1.800 metros de altura. Tudo num mesmo parque, um dos mais visitados do país (mas nem de longe lotado).

Parque Nacional Braulio Carrillo - O parque mais tradicional para a prática de arvorismo. São 2,6 quilômetros de cabos de aço para passear entre as copas das árvores, observando pássaros, macacos e outros animais.

Rio Pacuare - Para os praticantes de rafting, o nome Pacuare é sinônimo de adrenalina absoluta: afinal, aqui se encontram corredeiras nível V, o mais alto do rafting. Há também trechos mais suaves, adequados a iniciantes.
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