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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Educação

ABL informa procedimentos metodológicos seguidos na elaboração da 5ª edição do Volp

Em nota explicativa, publicada logo depois do lançamento da 5ª edição do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (Volp), no último dia 19 de abril, a Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Associação Brasileira de Letras (ABL) apresentou os procedimentos metodológicos seguidos na elaboração desta edição.


O professor Sérgio Nogueira, mestre em língua portuguesa e renomado colunista do portal G1 da TV Globo e outros veículos, que apresentou palestra no mês de março para os profissionais de comunicação de Mato Grosso sobre as novas regras da reforma ortográfica, encaminhou à Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom-MT) as novidades:

A Comissão estabeleceu quatro princípios. Conforme a nota, para viabilizar o rico repertório lexical da 5ª edição do Volp com o sintético e enxuto texto do Acordo de 1990, pelo que se lhe afigura, garantem fiel compromisso aos propósitos dos signatários oficiais:

a) respeitar a lição do texto do Acordo;
b) estabelecer uma linha de coerência do texto como um todo;
c) acompanhar o espírito simplificador do texto do Acordo;
d) preservar a tradição ortográfica refletida nos formulários e vocabulários oficiais anteriores, quando das omissões do texto do Acordo.

Quinze medidas também foram tomadas por esta Comissão:

1) Restabelecer o acento gráfico nos paroxítonos com ditongo “ei” e “oi” quando incluídos na regra geral dos terminados em “-r”: Méier, destróier, blêizer
2) Restabelecer o acento circunflexo nos paroxítonos com o encontro “ôo” quando incluídos na regra geral dos terminados em “-n”: herôon
3) Incluir na regra geral de acentuação os paroxítonos terminados em “-om”: iândom, rádom (variante de rádon)
4) Incluir o emprego do acento gráfico na sequência “ui” de hiato, quando a vogal tônica for “i”, como na 1ª. pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: arguí
5) Limitar as exceções de emprego do hífen às palavras explicitamente relacionadas no Acordo, admitindo apenas as formas derivadas e aquelas consagradas pela tradição ortográfica dos vocabulários oficiais, como passatempo
6) Incluir no caso 1º. da Base XV o emprego do hífen nos compostos formados com elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica ou consonântica de formas onomatopéicas, por serem de natureza nominal, sem elemento de ligação, por constituírem unidade sintagmática e semântica e por manterem acento próprio, bem como as formas derivadas, conforme preceitua o texto oficial: blá-blá-blá, reco-reco, trouxe-mouxe, zigue-zaguear
7) Incluir no caso 3º. da base XV, relativo às denominações botânicas e zoológicas, as formas designativas de espécies ou produtos afins derivados, conforme prática da tradição ortográfica: azeite-de-dendê, bálsamo-do-canadá, água-de-coco
8) Excluir do emprego do hífen as formas homógrafas de denominações botânicas e zoológicas que têm significações diferentes àquelas: bico de papagaio, “nariz adunco”, “saliência óssea”
9) Excluir o prefixo “co” do caso 1º, a), da Base XVI por merecer do Acordo exceção especial na Obs. Da letra b) da mesma Base XVI e por também poder ser incluído no caso 2º., letra b), da Base II (coabitar, coabilidade, etc.). Assim por coerência, co-herdeiro passará a coerdeiro
10) Incluir, por coerência e em atenção à tradição ortográfica, os prefixos “re-“, “pré-“ e “pro-“ à excepcionalidade do prefixo “co-“, referida na Obs. da letra b)- do caso 1º. da Base XVI: reaver, reeleição, preencher, proótico
11) Registrar a duplicidade de formas quando não houver perda de fonema vocálico do 1º. elemento e o elemento seguinte começar por “h-“, exceto os casos já consagrados, com eliminação desta letra: bi-hebdomadário e biebdomadário, carbo-hidrato e carboidrato, mas cloridrato
12) Incluir entre as locuções, portanto não hifenadas, as unidades fraseológicas constitutivas de lexias nominalizadas do tipo de deus nos acuda, salve-se quem puder, faz de conta, etc.
13) Excluir o emprego do hífen nas expressões latinas quando não aportuguesadas: ab ovo, ad immortalitatem, carpe diem, in octavo, mas in-oitavo
14) Excluir o emprego do hífen com o prefixo “an-“ quando o 2º. elemento começar por “h-“, letra que cai, à semelhança dos prefixos “des-“ e “in-“: anistórico, anepático. Na forma “a-“ usa-se o hífen e não se elimina o “h-“ a-histórico
15) Excluir o emprego do hífen nos casos em que as palavras “não” e “quase” funcionam com prefixos: não agressão, não fumante, quase delito, quase irmão.”
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