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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Embrapa otimista com consórcio de eucalipto com lavouras

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Flávio Wruk, está otimista com um experimento realizado em parceria com o produtor rural Mário Wolf, de Nova Canaã do Norte (690 km de Cuiabá), em que a Integração Lavoura Pecuária e Silvicultura (ILPS) revela-se como ótima oportunidade de aumentar...

Foto: Olhar Direto

Flávio é quem comanda a pesquisa

Flávio é quem comanda a pesquisa

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Flávio Wruk, está otimista com um experimento realizado em parceria com o produtor rural Mário Wolf, de Nova Canaã do Norte (690 km de Cuiabá), em que a Integração Lavoura Pecuária e Silvicultura (ILPS) revela-se como ótima oportunidade de aumentar os lucros de uma área rural, sem promover desmatamento.


Em entrevista ao Olhar Direto, Wruck diz que os resultados iniciais da pesquisa - em 75 hectares – de consórcio de eucalipto com produção de grãos, são bastante promissores. “Estamos comparando esses sistemas integrados e os resultados são sempre melhores que lavoura ou a silvicultura sozinha”.

Em parte da área, pesquisador e produtor rural inseriram soja no meio da plantação de eucaliptos e, na outra, arroz. O teste está no terceiro ano. Flávio informa que o ganho vem a médio e longo prazo, já que em sete anos pode haver um corte das árvores para comercialização.

“Vamos fazer um desbaste de 40% do eucalipto, tirando as árvores que não tem bom fuste e não serve para serraria, mas podem ser usadas para lenha, escora de construção civil ou cercas. O restante vamos colher com dez anos, para beneficiamento em serraria, que tem valor agregado muito maior”, explica.

Segundo o pesquisador, estimasse que a produtividade do eucalipto, plantado de 20 em 20 metros, pode chegar a 300 metros³ por hectare. Outra fase do experimento vai ser colocada em prática nos próximos anos, que é a inserção de pastagem no meio das árvores – podendo aumentar ainda mais a rentabilidade da pecuária.

“No caso do gado, várias pesquisas da própria Embrapa já indicam que o gado de corte criado em ambiente sombreado tem um ganho de peso de até 20% por causa do conforto térmico. Isso é um resultado fantástico e muito interessante para o pecuarista, sem falar no ganho ambiental, já que não precisa desmatar áreas”, diz Flávio Wruck.

O pesquisador detalhou todo o processo da pesquisa a sojicultores e pecuaristas, durante o Encontro de Tecnologia de Safras (Entec$), realizado em Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá).
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