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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Juiz ouve testemunhas de acusação no caso da morte da menina Lavínia

O juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, começou a ouvir na tarde desta segunda-feira (6) as testemunhas de acusação do processo que apura o assassinato da menina Lavínia Azeredo, de 6 anos.


Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a audiência de instrução e julgamento começou por volta das 14h30 e a previsão é de que sejam ouvidas as nove testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público do Rio, entre elas, o pai da menina, Rony dos Santos de Oliveira.

Após os depoimentos, o juiz vai interrogar Luciene Reis Santana, acusada de matar a criança. A defesa da ré não apresentou testemunhas, ainda de acordo com o TJ-RJ.

Luciene era amante do pai de Lavínia. A provável causa da morte foi asfixia, já que a menina foi encontrada, no dia 2 de março, com o cadarço do tênis enroscado no pescoço, debaixo do colchão do quarto do hotel em Caxias. A criança foi sequestrada da própria casa, durante a madrugada, no dia 28 de fevereiro.

Inquérito apura se Luciene teve ajuda
No final de março, a polícia abriu um novo inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Lavínia. No mesmo mês, Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu a prisão preventiva de Luciene Reis Santana por homicídio triplamente qualificado e por ocultação do cadáver da criança.

Segundo o delegado Robson Costa, da 60ª DP (Campos Elíseos), Luciene está presa temporariamente desde que confessou o crime, na noite de 2 de março.

De acordo com Costa, o inquérito aberto tem o objetivo de explicar a forma como a suspeita entrou na casa da família da vítima e se Luciene teve ajuda de alguém para esse acesso. "Como ela entrou sem fazer barulho? Pela estrutura da casa, de difícil acesso, não é possível que tenha entrado na casa sem ser vista ou sem ter a ajuda de alguém", disse o delegado na ocasião. "Ou Luciene teve ajuda de alguém ou teve acesso prévio à casa, um contato mais duradouro com a menina", completou.

Polícia ainda tenta desvendar crime
Outro ponto que os policiais querem esclarecer é a familiaridade de Lavínia com Luciene. "Disseram que a menina só tinha visto a Luciene uma vez. Mas as imagens (do circuito de segurança de um ônibus) mostram que a menina estava muito à vontade com ela. Não é factível que as duas não se conheciam", disse, na época, o delegado Robson Costa.

As investigações apontam que a vítima foi retirada da casa de sua família por Luciene e levada por ela para o local do crime. A polícia divulgou imagens do circuito de segurança de um ônibus que mostram a criança acompanhada por Luciene, momentos após o sequestro, ocorrido em 28 de fevereiro.

Motivo torpe
Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).

Além disso, segundo o MP-RJ, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima: "dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel".

'Agressividade desmedida'
Ainda de acordo com a denúncia do MP-RJ, "após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver", que só foi encontrado dias depois.

Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta.
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