A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) irá auxiliar o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e os institutos de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na análise dos indicadores sobre extrema pobreza elaborados pelo governo. A Cepal, criada em 1948, pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, busca incentivar a cooperação econômica entre os 48 países membros.
Para o secretário executivo do MDS, Rômulo Paes de Sousa, é importante que a sociedade saiba, desde o início, os dados sobre os quais o governo será cobrado. “É preciso ter clareza sobre os indicadores pelos quais seremos avaliados”, destaca.
A contribuição da Cepal se dará no exame das diferenças entre a mensuração da extrema pobreza, por meio das pesquisas Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e de Orçamentos Familiares (POF), do Censo Demográfico e do Cadastro Único paras Programas Sociais, considerando suas variáveis, como levantamento estatístico, período de coleta, fluxo de perguntas relacionadas a rendimento no questionário, tamanho e abrangência da amostra.
De acordo com o presidente em exercício do Ipea, Jorge Abrahão, a parceria com a ONU será importante na definição da metodologia que será utilizada na aferição de quantos brasileiros sairão da linha da extrema pobreza. Já para o secretário executivo adjunto da Cepal, Antonio Prado, o lançamento do Brasil Sem Miséria foi muito bem visto pela comunidade internacional. “É um avanço ainda mais robusto para que o País atinja o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, diz.
Parceria - Para viabilizar análises e seminários que serão produzidos para monitorar o plano de superação da extrema pobreza, os quatro órgãos assinaram, na última sexta-feira (17), em Brasília, acordo de parceria.
A cerimônia de assinatura teve a presença da ministra Tereza Campello, da diretora executiva da Cepal, Alícia Bárcena, do presidente em exercício do IBGE, Sérgio Cortês, do diretor executivo da Cepal no Brasil, Ricardo Bielschowsky, do secretário de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Paulo Januzzi, e do secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza Adjunto, Cláudio Roquete.
O Plano Brasil Sem Miséria, coordenado pelo MDS, tem como meta retirar da extrema pobreza 16,2 milhões de brasileiros que vivem com até R$ 70 de renda per capita mensal. Para isso atuará em três eixos: transferência de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva.
Encontro – Também na última sexta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon esteve no MDS em encontro com a ministra Tereza Campello. Durante a audiência, Moon destacou o sucesso das políticas sociais brasileiras e elogiou o esforço do País em superar a extrema pobreza até 2014.
