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Domingo, 21 de julho de 2024

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Primeiras impressões: Mitsubishi ASX

Foto: Divulgação

Primeiras impressões: Mitsubishi ASX
Marcas que tradicionalmente investem em veículos 4X4 começam a deixar de lado a cara fechada e o visual grandalhão de seus veículos. O investimento, agora, está em uma aparência elegante, que atraia o público mais urbano. Tal perfil se resume naquelas pessoas que necessitam de um carro com tração nas quatro rodas em poucas ocasiões. Os ícones para este movimento são o Land Rover Evoque e o Mitsubishi ASX, este último testado pelo G1 na versão topo de linha.


A ideia da fabricante foi desenvolver um crossover que atenda gostos de faixas etárias nada parecidas, dos 22 aos 60 anos.Para conseguir equilibrar tantos mundos, a Mitsubishi se concentrou em desenvolver um modelo com muitos recursos tecnológicos, mas também com comandos simples. A começar pelo sistema 4X4, que é acionado com o simples giro de um botão, mas que pode ficar, inclusive, em modo automático para ser ativado conforme o carro ‘sentir’ a necessidade.

Na versão de entrada, à venda por preços a partir de R$ 79.990, o sistema não é oferecido. Opção que possibilita aqueles nem um pouco interessados na tração 4X4 a não arcar com o custo adicional por algo que ficaria obsoleto.

Como se trata de um modelo essencialmente urbano, com fortes concorrentes, a Mitsubishi apostou nos detalhes de acabamento, embora o painel seja simples. A começar pela textura dos plásticos de alta qualidade, que os japoneses definem como “de pêssego”. Realmente, ao tocar o material, sente-se uma textura mais para o aveludado. Já os bancos foram desenvolvidos sem costuras, para não marcar a pele, especialmente de mulheres com o hábito de usar saias.

Aliás, um dos destaques do carro são os bancos, com espaço para abrigar cinco pessoas de forma confortável e com todos os cintos de três pontos. O que fica ao meio do banco traseiro, inclusive, é instalado diretamente no encosto. Isso evita parafernálias que estragam o visual do carro, como acontece no Honda Fit, por exemplo.

A carroceria não ficou de fora da lista de detalhes minuciosos. As versões com tração nas quatro rodas, por exemplo, podem ser identificadas pelo friso cromado na grade frontal do carro. O AWD CVT tem ainda disponível como opcional o teto de vidro panorâmico, que vem com iluminação interna em LED.

Carro para quem tem chácara
É a versatilidade do carro que chama a atenção de quem dirige o modelo, cuja sigla significa Active Smart X-over (crossover). Acionado por meio de um botão, o motor 2.0 de quatro cilindros e 16 válvulas com comando variável (MIWEC) e injeção direta de combustível desenvolve 160 cavalos de potência, o que garante bom desempenho ao carro com a relação peso potência de 8,4 kg/cv. O torque máximo é de 20,1 kgfm.

Na versão manual, o modelo possui câmbio de cinco marchas. Se a opção do cliente for pela transmissão automática CVT (transmissão de variação continua), testada pelo G1, ele contará com um sistema sequencial de seis velocidades, com direito a paddle shifters no volante.

Todo o conjunto traz um carro que tem como principal característica a redução do consumo de combustível e não o desempenho de um jipe. Quem esperava por um carro para arrancar na estrada e encarar aventuras em trilhas complexas, pode esquecer. Mas ele é ideal para quem tem chácaras ou sítios em locais mais isolados, com estradas de terra nem sempre acolhedoras.

No perímetro urbano, o carro agrada pela agilidade, mas a suspensão firme, ideal para percursos off-road, incomoda um pouco ao passar por buracos e valetas. Porém, de forma geral, o crossover cumpre muito bem a proposta de mix de asfalto com terra.

Carros não perde a linha
Para ajudar, condutor e passageiros contam com assistente de subida (HSA), que impede o veículo de recuar em subidas acentuadas, sistemas de freios ABS (anti-travamento) com EBD, que distribui o esforço de frenagem entre as quarto rodas, controle ativo de estabilidade e tração (opcional), freio a disco nas quarto rodas, airbag duplo frotal — na versão topo de linha, são nove airbags de série, entre eles, o de joelho — e encosto de cabeça protegidos do efeito “chicote”.

Em estrada de terra bem acidentada e cheia de pedregulhos, que prejudicam a estabilidade de qualquer carro, o ASX não perde a linha, mesmo pisando mais forte no acelerador e encarando em cheio as irregularidades do solo. O que pode ser muito bem conferido pelo G1, que percorreu com o carro por diversas estradas do interior paulista.

Com vantagem de preço perto de seus concorrentes — a versão topo de linha testada, a AWD com teto solar panorâmico e luzes de xenônio inclusos, sai por R$ 102.990 e, sem o item, por R$ 96.990 —, a Mitsubishi conseguiu desenvolver um carro que acerta em cheio a sua proposta de vendas e, curiosamente, agrada pessoas de qualquer idade.
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